Em visita realizada ao Rio Grande do Sul, a comitiva formada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Pereira, entre outros servidores federais, foi anunciada a ampliação da malha aérea emergencial criada para atender à demanda de passageiros que procuram voos para Porto Alegre e região metropolitana em razão do fechamento do aeroporto Salgado Filho após fortes chuvas e alagamentos.
A partir de 10 de junho, a Base Aérea de Canoas terá sua operação dobrada de 35 para 70 frequências semanais, o equivalente a 10 voos diários. A decisão de dobrar os voos em Canoas se deu após avaliação técnica realizada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, Ministério da Defesa, Força Aérea Brasileira, Anac e companhias aéreas. Também será feito um estudo para permitir a operação de voos no período noturno.
A Base Aérea de Canoas é um dos sete aeródromos do Rio Grande do Sul com voos ampliados para atender o estado em caráter emergencial. O terminal iniciou operação comercial de passageiros na última segunda-feira. “Essa é a segunda etapa da operação. A gente espera que nas próximas semanas a gente possa seguir ampliando os voos. Paralelamente, a gente também está fortalecendo a malha aérea regional, onde os seis aeroportos no estado estão recebendo cada vez mais voos. Os aeroportos são fundamentais para a retomada do crescimento econômico do estado”, disse o ministro Costa Filho.
Situação atual do Salgado Filho
Logo que chegou ao estado gaúcho, ao lado do diretor-presidente da Anac e do Secretário de Nacional Aviação Civil, Costa Filho fez uma visita técnica ao aeroporto Salgado Filho, fechado por tempo indeterminado desde o dia 3 de maio. Durante a visita, o ministro viu de perto a situação atual do sítio aeroportuário. “Vamos iniciar, a partir de hoje, uma série de visitas a esse aeroporto. A partir da próxima semana, através da Fraport e da Anac, vamos realizar uma análise técnica da pista e de toda área do terminal. De imediato, foi possível observar que a parte das esteiras foi totalmente afetada por conta da água”, informou.
De acordo com o ministro, a avaliação técnica só foi possível graças ao escoamento das águas. Uma avaliação mais detalhada na pista de pouso e decolagem, bem como das vias de acesso ao aeroporto, será realizada nos próximos dias. “Com a baixa da água, será possível verificar se houve dano à situação do asfalto e do concreto, para a gente preservar a segurança das operações. Todo nosso esforço é para que a água baixe e a Fraport possa fazer, ao lado da Anac, um diagnóstico da situação atual do aeroporto”, ressaltou o ministro.
Reconstrução do aeroporto
A Anac já iniciou as análises da situação do Aeroporto Salgado Filho. “Ainda não conhecemos a dimensão das perdas causadas pela inundação no Aeroporto de Porto Alegre. Só conseguiremos avaliar a situação real quando houver o escoamento de toda a água ainda presente em partes do complexo aeroportuário. Estamos trabalhando para viabilizar a retomada das operações do aeroporto no menor prazo de tempo possível, mas ainda é cedo para determinarmos uma data. Primeiro, precisamos calcular os prejuízos causados pelas enchentes e os custos de reconstrução do aeroporto”, explicou Tiago Pereira.
No final da missão, os técnicos do Governo Federal estiveram no Terminal PakShopping Canoas, estrutura operacional administrada pela Fraport para realização de embarque e desembarque de passageiros da base aérea da Região Metropolitana de Porto Alegre. Na avaliação do ministro, embora improvisado e temporário, o espaço consegue atender de forma satisfatória às necessidades dos passageiros. “O trabalho realizado no terminal tem acomodado bem os viajantes e o fluxo tem sido dentro da normalidade. Juntos, vamos unir forças para que o povo gaúcho tenha toda a assistência necessária”, finalizou Costa Filho.