Quase 500 toneladas de lixo produzido pela enchente são enviadas por dia a um terreno no bairro Serraria, em Porto Alegre. O espaço é uma propriedade militar, cedida para uso do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), com liberação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e licenciamento da Secretaria do Meio Ambiente.
O órgão se refere ao espaço como bota-espera. É para o local que são enviados os materiais recolhidos nas zonas Sul e extremo Sul da Capital. Quinze caminhões fazem quatro viagens por dia, de ida e volta ao terreno, para transportar os resíduos produzidos pela enchente em Porto Alegre. Depois, outros veículos transportam o lixo para aterros em Gravataí.
O espaço na Região Metropolitana foi garantido pela administração de Porto Alegre através de um contrato de R$ 19 milhões. A expectativa é que até 180 mil toneladas de lixo produzido pela enchente seja enviado para os aterros.
De acordo com o diretor-geral do DMLU, Carlos Alberto Hundertmarker, não é permitido que sucateiros e catadores frequentem o terreno no bairro Serraria. Há risco de contaminação dos resíduos, por causa da lama, motivo pelo qual não há mistura com outros materiais descartados.