O Rio Grande do Sul vive há dias a maior tragédia de sua história. A Capital do Estado tem bairros inteiros embaixo d’água. Boa parte da estrutura pública ficou inacessível ou mesmo arrasada. O primeiro esforço foi o de resgate às pessoas ilhadas. Em seguida, acolhimento, alimentação, fornecimento de água, tarefas que envolveram diversos órgãos do poder público, apoio de empresas e o trabalho de incontáveis voluntários.
Com a estrutura de bombeamento de água pluvial bastante comprometida, a água deve levar ainda vários dias para retornar à calha do rio Guaíba. E depois? Mesmo com as ruas e casas secas, Porto Alegre ainda estará longe de um mínimo de normalidade.
Quando a água for embora das ruas, deixará para trás outros problemas. O contato com a água suja e contaminada pode gerar doenças. A estrutura de tratamento e distribuição de água está comprometida. O mesmo se pode afirmar do esgoto pluvial e da energia elétrica. Os impactos em outras estruturas voltadas à prestação de serviços básicos, como postos de saúde e escolas, ainda precisarão ser medidos.
Quando a água baixar, restará muita lama, sujeira, matéria orgânica e entulho. O trabalho de limpeza pode levar meses.
A prefeitura de Porto Alegre ainda não tem projeção de como será feita essa limpeza e quanto tempo esse trabalho vai durar. Nas áreas em que a água já baixou, equipes do DMLU recolheram mais de 365 toneladas de resíduos, logo e entulhos, até essa sexta-feira. Os materiais serão encaminhados ao aterro sanitário de Minas do Leão.