Secretário da saúde considera positiva procura pela vacinação no Dia D contra a gripe, em Porto Alegre

Todas as unidades de saúde estão abertas até às 18h para vacinar pessoas que integram os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde

Foto: Pedro Piegas / PMPA / Divulgação

O Dia D de vacinação contra a gripe ocorre desde às 9h deste sábado em Porto Alegre. Todas as unidades de saúde estão abertas até às 18h para vacinar pessoas que integram os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, que, na Capital, somam 698.504 pessoas. Os ônibus operam com passe livre durante o dia para facilitar o acesso das pessoas aos locais de vacinação.

Podem ser imunizados idosos com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias pós-parto), quilombolas, indígenas, trabalhadores da saúde de todos os níveis, públicos e privados, trabalhadores da educação do ensino básico ao superior, pessoas com comorbidades e condições clínicas especiais de todas as idades a partir dos seis meses, pessoas com deficiência, funcionários do sistema prisional, membros de forças de salvamento e da segurança, das Forças Armadas, caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo e portuários.

O secretário municipal da saúde, Fernando Ritter, está acompanhando a vacinação e avalia como positiva a mobilização da população na procura pelo imunizante até o final desta manhã. “A gente tem visto muitos idosos que estão procurando [as unidades] para se vacinar. Nós já atingimos 22% da nossa população alvo. Isso é melhor do que nós estávamos no ano passado e nós estamos bastante preocupados porque já começaram essas mudanças bruscas de temperatura”, disse.

Ritter considera fundamental a vacinação no público infantil para diminuição da lotação nas emergências dos hospitais, já movimentadas mesmo antes do inverno, estação do ano em que aumenta a demanda. “É a principal estratégia. A gente tem que entender que a vacina é prevenção. Ela evita que a pessoa, especialmente a criança, o idoso e pessoas com doenças crônicas, com foco na criança porque é a que sofre nessas primeiras mudanças em temperatura nesses primeiros 45, 60 dias de mudança de temperatura de outono. Elas que vão ter maior procura. Ela vai reduzir a chance de ter síndrome respiratória aguda grave que vai precisar de uma internação. Então as vacinas previnem a forma grave. Ela não vai deixar de a pessoa ter se contaminar com o vírus mas faz com que o organismo esteja mais resistente e não tenha um problema mais sério, que é o que a gente não quer superlotar as nossas emergências”, ressaltou.

Durante a semana, a emergência pediátrica do Hospital de Clínicas chegou a operar 400% acima da capacidade normal. 35 crianças foram atendidas nas nove vagas existentes. De acordo com o secretário, metade dos casos que chegam nas emergências das instituições poderiam ser resolvidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Pronto-Atendimentos. Como parte da Operação Inverno, haverá ampliação de leitos e postos de saúde abertos no final de semana.