Na tarde desta segunda-feira (01), cerca de 300 manifestantes e agricultores de diversas partes do estado se reuniram em frente ao Palácio Piratini para protestar contra o aumento de impostos. Durante o ato, manifestantes usaram narizes de palhaço e levantavam cartazes associando o aumento de impostos à elevação do desemprego. O governador Eduardo Leite decidiu, na semana passada adiar em 30 dias a data em que entram em vigor os decretos com cortes de benefícios fiscais. Agora o governo deve discutir a proposta apresentada, na semana passada por um grupo de empresários de elevar a alíquota básica do ICMS de 17% para 19%. Conforme o presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Rodrigo Sousa Costa, ainda há esperança de que o governador desista das medidas.
“Não basta que não entre em vigor. Não adianta ele impactar a vida dos gaúchos elevando a alíquota de ICMS. Essas lideranças representam a maioria silenciosa e uma promessa de campanha que ele fez não pode ser rompida”.
Na semana passada deputados votaram o Projeto de Decreto Legislativo que pode anular a retirada das isenções. O resultado foi apertado e o texto aprovado com um voto de diferença. No geral, foram 24 a favor e 23 contra o aumento dos valores de alimentos inclusive itens essenciais da cesta básica. Para o executivo da Redefort do Rio Grande Do Sul, Joeci Hercilio, o aumento de impostor vai diminuir a capacidade de consumo dos gaúchos impactando também na geração de renda das empresas.
“De uma forma ou de outra o aumento de impostos vai impactar na vida dos gaúchos e isso vai consequentemente dificultar a vida dos consumidores que precisam do alimento e não vão conseguir adquirir”.
Deputados estaduais e federais também participaram do protesto e discursaram no carro de som estacionado em frente ao Palácio Piratini. Nesta terça-feira os decretos de aumento de impostos deve voltar a ser pauta na Assembleia Legislativa.
