Número de nascimentos cai pelo quarto ano seguido, e quantidade de mortes também registra queda

RS tem queda de 11,9% em mortes em 2022

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil registrou 1,52 milhão de óbitos em 2022. O número é 15% menor (-281 mil mortes) em relação ao ano anterior, auge da pandemia de Covid-19, quando foram registradas 1,7 milhão de mortes, o maior valor desde o início da série histórica, em 1974. Apesar da queda, o valor ainda é superior ao de 2019, último ano pré-pandemia, quando houve 1,31 milhão de óbitos.

As informações divulgadas nesta quarta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) integram as Estatísticas do Registro Civil.

A diminuição acompanhou o recuo das mortes ocasionadas pela pandemia e a ampliação do número de pessoas que completaram o esquema vacinal.

Em 2020, o número de óbitos já havia chegado ao seu patamar mais elevado (cerca de 1,5 milhão). Com a continuidade da pandemia, o número de óbitos em 2021 teve aumento superior ao observado em 2020.

Na comparação com 2019, a alta foi de 187 mil mortes (+14,2%). Em 2022, os meses que apresentaram maior queda relativa no número de óbitos ocorridos foram março (-41,4%, o correspondente a 83 mil óbitos) e abril (-40,2%, 76 mil mortes).

O IBGE lembra que o início de 2022 foi marcado pela terceira onda da pandemia de Covid-19 no Brasil, provocada pela variante ômicron, além de uma epidemia de influenza A, também responsável pelo aumento das mortes entre idosos no período.

Nascimentos

O número de nascimentos, por sua vez, também registrou queda. Foram 2,6 milhões de registros em 2022, 3,5% a menos (-93 mil) do que em 2021. Este é o quarto ano consecutivo de recuo na série histórica.

A queda nos registros foi superior à média nacional nas regiões Nordeste (-6,7%) e Norte (-3,8%), e inferior nas regiões Sudeste (-2,6%), Centro-Oeste (-1,6%) e Sul (-0,7%).

Entre os estados, a Paraíba apresentou a maior queda (-9,9%), seguida pelo Maranhão (-8,5%), Sergipe (-7,8%) e Rio Grande do Norte (-7,3%). Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%) foram os únicos estados que apresentaram aumento de registros de nascimentos.

Quanto ao mês de nascimento das crianças registradas, a maior frequência de nascimentos ocorreu no mês de março (233 mil), seguido pelo mês de maio (230 mil). Já outubro foi o mês com o menor número de nascimentos (189 mil).

“A redução da natalidade e da fecundidade no Brasil, sinalizada pelos últimos Censos Demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no país nos últimos anos”, diz o IBGE.

O estudo mostra que, apesar de a maior quantidade de nascimentos ocorre entre mães na faixa de 20 a 29 anos de idade, o percentual de nascimentos vindos desse grupo etário diminuiu de 53,1%, em 2010, para 49,2%, em 2022.

Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul apresentou queda de 11,9% nos óbitos em 2022, na comparação com 2021, segundo as Estatísticas do Registro Civil, divulgadas hoje pelo IBGE. Ao todo, 103.565 pessoas morreram no estado no ano retrasado.

Os óbitos caíram em todas as unidades da federação em 2022. Entre os estados do Sul, o RS é o com o menor recuo, pois Santa Catarina apresentou queda de 14,5%, e o Paraná, 20,1%.

Dos 103.565 óbitos no RS em 2022, 36.547 ocorreram na Região Metropolitana de Porto Alegre. Já especificamente na Capital gaúcha foram 13.417.