Rio Uruguai passa a preocupar cidades da Fronteira Oeste

Defesa Civil dos municípios da região divide atenção com estragos do temporal e evolução dos rios

Foto: Valdemarino do Amaral / Defesa Civil de Itaqui / Rádio Guaíba

Em Alegrete, o rio Ibirapuitã vem oscilando nas últimas 36 horas. Nesta sexta-feira, pela manhã, mede 9,69 m ou um centímetro inferior ao índice de inundação que é de 9,70 m. O pico chegou a atingir 10,83 m – no dia 18 passado.

No momento, são 134 pessoas entre desabrigadas (75 assistidas) e desalojadas, condição inalterada desde o início da semana.

As chuvas de ontem contribuíram para reter por mais tempo o volume de água do rio e o número de afetados pela cheia, segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Renato Grande. A atenção está voltada pare a nascente do rio, na cidade de Sant’Ana do Livramento, conclui.

O rio Uruguai também passou a preocupar, com as chuvas anotadas na Fronteira Oeste. Cresceu em Itaqui, anotando agora 7,36 m, um metro dentro da cota de atenção e com estimativa de que alcançará 7,42 m, até às 12h, explica o coordenador municipal da Defesa Civil, Valdemarino do Amaral.

Em São Borja, o rio está marcando 7,98 m, primeiros sinais de recuo (2 cm), mas permanecendo na linha de alerta de 8 m. A água beira os bares do Cais do Porto e entorno.

Em Uruguaiana, que também passou por dois eventos climáticos em uma semana, às águas estão registrando 7,61 m, já na cota de alerta de 7,50m. A Defesa Civil da cidade, conforme o coordenador Paulo Woutheres, está em alerta para possível avanço.

As coordenações avaliam que os números sejam resposta hidrológica dos fenômenos climáticos das 48 horas. A perspectiva é de sol na linha do baixo Uruguai.

Os municípios da região lidam com os resíduos dos problemas gerados pelo temporal da madrugada de quinta-feira. “Os estragos provocados em pouco mais de uma hora podem levar até uma semana para serem reparados”, diz Woutheres.