Cpers realiza assembleia por valorização salarial

O Sindicato dos Professores e Funcionários de escola do Rio Grande do Sul (Cpers) realizou, nesta sexta-feira, assembleia geral na casa do gaúcho, em Porto Alegre. Com cerca de 3 mil pessoas o ato contou com a presença de servidores de todo o estado.  A pauta da categoria segue sendo a mesma: a luta pelo aumento do salário básico dos funcionários no plano de carreira e o fim do desconto das verbas indenizatórias.  Na última semana, a Assembleia Legislativa aprovou o projeto do governo de reajuste do piso, porém, excluiu parte significativa da categoria da proposta. Conforme a presidente do Cpers Helenir Aguiar Schürer, o reajuste não é suficiente para que os servidores possam seguir no plano do Ipe Saúde tendo em vista que muitos não conseguem mais pagar o benefício. 

“A retirada das verbas cria um desequilíbrio. É injusto é desigual e nós vamos cobrar isso do governo. Retiramos um calendário pesado e iniciamos a discussão com a base sobre a deflagração de greve”.

As reivindicações relativas ao IPE Saúde têm o objetivo de questionar os resultados da reforma feita  pelo governo Eduardo Leite em 2023. O plano enfrenta uma nova crise com relação aos hospitais e à classe médica, marcada por ameaças de descredenciamento, que dificulta  o acesso dos segurados aos serviços de saúde. Conforme a deputada estadual Sofia Cavedon diversos direitos dos professores estão sendo retirados fazendo com que a categoria dos professores fique revoltada.

“Hoje a categoria está massacrada pelo reajuste do básico, a parcela autônoma de gratificações não reajusta e os triênios foram engolidos. Os aposentados ficaram com zero de reajuste e eles também pagam pelo Ipe”.

O projeto de reajuste do piso aprovado garante  um aumento de 3,62% sobre o subsídio dos professores estaduais. Os novos valores já devem constar na folha de pagamento do mês de março, com o piso inicial de R$ 4.580,57 para 40 horas semanais de trabalho, e é retroativo a 1º de janeiro deste ano.