Mulher e amiga são presas por forjar sequestro em Gravataí

Suspeita admitiu ter simulado crime para extorquir companheiro

Polícia Civil prendeu dupla, que admitiu simulação de sequestro | Foto: Polícia Civil / CP

Duas mulheres foram presas após forjarem um sequestro, em Gravataí, na região Metropolitana. Uma delas, de 25 anos, confessou ter bolado a farsa para extorquir o companheiro. A outra, de 35, também admitiu envolvimento na manipulação.

As prisões ocorreram na quarta-feira, após policiais encontrarem um falso cativeiro, no bairro Morada do Vale I. Foi no imóvel que a suposta vítima fingiu ter sido amarrada e posou para fotos. Os registros foram produzidos pela amiga dela.

De acordo com a delegada Jeiselaure Rocha de Souza, as imagens foram enviadas ao companheiro da mulher, que procurou a 2ª DP do município. O homem também havia recebido diversas ameaças via de WhatsApp, enviadas pelo celular da esposa.

“Ele recebeu fotos da companheira amarrada e mensagens exigindo dinheiro. Se o pagamento não fosse efetuado em poucas horas, os ‘sequestradores’ ameaçavam matá-la”, destacou a policial.

Ainda segundo a delegada Jeiselaure, as manipulações começaram em janeiro. Ela conta que, inicialmente, a falsa vítima dizia ao marido que era extorquida por agiotas.

Por cerca de um mês, o homem chegou a efetuar pagamentos em diferentes contas bancárias. “Em meados de janeiro, a mulher começou a relatar que tinha dívidas com agiotas. Então, na quarta-feira, ela decidiu forjar o próprio sequestro”, afirmou a delegada.

Uma ação entre Polícia Civil e Brigada Militar rastreou o celular que estaria em poder dos sequestradores. O aparelho estava na casa de uma amiga da falsa vítima. A comparsa admitiu que havia tirado as fotos e enviado as mensagens.

A mulher que dizia ter sido sequestrada foi presa enquanto caminhava em uma rua. Ela confessou a simulação. Na versão dela, o objetivo era obter dinheiro para quitar uma dívida.

Nenhuma das presas tinha antecedentes. Elas vão responder pelo crime de extorsão majorada. A dupla foi atendida em uma Unidade de Saúde de Pronto Atendimento (UPA) e encaminhada ao sistema prisional.