A missa de sétimo dia da estudante Nathália Busatto, de 26 anos, ocorre nesta quinta-feira, em Frederico Westphalen, na região Norte. A cerimônia teve início às 18h, na cripta da Catedral Santo Antônio.
Nathália deixa dois irmãos, uma irmã e os pais, que são proprietários de um açougue na cidade. Ela foi a mais jovem das 14 vítimas de dengue hemorrágica no estado desde o início do ano.
A morte ocorreu no dia 28 de fevereiro. No dia seguinte, ela foi velada no Memorial Monsenhor Vitor Batistella e, após, sepultada no cemitério municipal.
Nathállia cursava Biomedicina na Universidade Regional Integrada (URI) de Frederico Westphalen. Ela também havia se especializado em estética facial, com foco em tratamentos de pele.
O sentimento entre amigos e parentes é de descrença. De acordo com eles, Nathalia não tinha comorbidades que pudessem agravar os efeitos da dengue. Além disso, ainda segundo o relato deles, ela teria sido a única da família que contraiu a doença viral.
“Nunca pensei que um dia você iria embora, ainda mais dessa forma, por causa de um maldito mosquito”, escreveu uma prima nas redes sociais, em uma postagem em memória da vítima.
Rock, cinema e literatura
A jovem era gremista e tinha o rock como estilo musical preferido. Entre os artistas favoritos dela estavam os ingleses do Led Zeppelin e os americanos Guns N’ Roses. Na lista dela, no entanto, nenhum dos grupos se aproximava da cantora Rita Lee, a quem ela se referia como ‘musa inspiradora’.
Outra fonte de inspiração de Nathália eram os livros. Ela apreciava desde obras de Jack Kerouac, proeminente escritor do movimento conhecido como Geração Beat, até a poesia de Walt Whitman. Ela chegou a postar um trecho de ‘Canção da Estrada Aberta’, um dos mais conhecidos poemas dele.
No cinema, Marilyn Monroe era uma das influências da estudante. Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, era outro dos clássicos que a inspiravam.
Município teve dois óbitos
Desde o início do ano, Frederico Westphalen teve 390 casos de dengue, sendo o sexto município com mais registros no RS. Foram duas mortes na cidade durante o período.
Tenente Portela teve outros três óbitos. As outras fatalidades ocorreram, cada uma, em Cruz Alta, Giruá, Independência, Lajeado, Canoas, Cerro Largo, Novo Hamburgo, Santa Rosa e Santa Cruz do Sul.
