Percentual de descontos volta a subir e é o maior em três anos, diz FipeZAP+

Intenção de compra de imóveis, por sua vez, recuou para o menor patamar da pesquisa desde 2020

Imóveis em SP. Foto: Dalia Bastos / USP Imagens / CP

O volume de investidores que admitiram ter comprado imóvel nos últimos 12 meses cresceu 10% na amostra do quarto trimestre de 2023. A maioria dos compradores declarou preferência por imóveis usados (62%), ao passo que, entre os objetivos declarados, a destinação do imóvel para fins de “moradia” prevaleceu, abrangendo 63% desse público. É o que revela a Pesquisa Raio-X FipeZAP do 4º trimestre de 2023 sobre o comportamento dos agentes do mercado imobiliário com a participação de 1.219 respondentes entre os dias 10 de janeiro e 02 de fevereiro de 2024.

Considerando a pesquisa com aqueles que adquiriram o imóvel para “moradia”, a opção “morar com alguém” se manteve majoritária (73%). Já entre os investidores da amostra (37%), houve um predomínio marginal da intenção de alugar o imóvel recentemente adquirido para obtenção de renda (54%).

Entre os respondentes que declararam intenção de adquirir um imóvel nos próximos três meses – recuou de 41% para 38%, equiparando-se à média histórica da Pesquisa Raio-X FipeZAP (38%). Considerando os integrantes desse grupo, cerca de metade dos respondentes se mostrou indiferente entre imóveis novos e usados (50%), seguida pela preferência exclusiva por imóveis usados (40%) e imóveis novos (10%). Com respeito ao objetivo da compra pretendida, a intenção de utilizar o imóvel para “moradia” cresceu em representatividade, abrangendo 93% dos compradores potenciais.

INVESTIDORES

Já a parcela de investidores entre compradores recuou de 39%, no 4º trimestre de 2022, para 37% da amostra do mesmo período de 2023. Entre as transações classificadas como investimento nos últimos 12 meses, o interesse na revenda futura passou de 28%, em dezembro/2021, para 47%, em dezembro/2023.

Após atingir 57% em março de 2023, o percentual de transações efetivadas com algum desconto sobre o valor anunciado oscilou positivamente nos meses seguintes, encerrando 2023 em 61% – patamar ligeiramente inferior à média da série histórica (63%). Com relação aos preços atuais, a parcela de respondentes que classificavam os valores dos imóveis como “altos ou muito altos” recuou de 75%, na amostra do 4º trimestre de 2022, para 70%, no último trimestre de 2023.

Paralelamente, o percentual de respondentes que enxergavam os preços atuais dos imóveis como “razoáveis” cresceu marginalmente de 15% para 17%, assim como a percepção de que os preços atuais se encontravam em níveis “baixos ou muito baixos” (de 3% para 4%). Além deles, os respondentes que não souberam opinar sobre o tópico passaram de 7% para 9% da amostra trimestral.

Em relação à expectativa de preços para os próximos 12 meses, a última leitura revela que o percentual de respondentes que projetavam alta nominal no valor dos imóveis cresceu de 33%, no 4º trimestre de 2022, para 37% da amostra referente ao 4º trimestre de 2023. Comparativamente, a participação de respondentes que partilham de uma expectativa de manutenção dos preços atuais oscilou de 26% para 23% no período, comportamento similar ao recuo observado no grupo de respondentes que apostavam na queda (de 14% para 11%).