No aguardo da inflação, rodoviários de Porto Alegre aceitam proposta de reajuste salarial para 2024

Valor do dissídio será definido após divulgação do cálculo do INPC de janeiro. Além do reajuste, outros benefícios foram aceitos pela categoria

Foto: André Ávila / CP

O impasse na negociação do dissídio entre rodoviários de Porto Alegre e as empresas transportadoras de passageiros está chegando ao fim. Isto porque o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte da capital (Stetpoa) aceitou na última semana a proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa), com a convenção coletiva assinada na última quinta-feira.

De acordo com os sindicatos representantes dos rodoviários e das empresas, o que ficou definido foi a reposição da inflação no período acordado, além de outros benefícios para a categoria. Entretanto, os rodoviários ainda aguardam a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro para saberem quanto ficará o salário da categoria em 2024. O reajuste levará em conta a inflação de 1º de fevereiro de 2023 a 31 de janeiro de 2024. O novo valor do salário passará a valer já a partir do mês de fevereiro.

Entre os demais benefícios estão a renovação do plano de saúde sem aumento até 2025, o aumento de 10,40% do reajuste no tíquete de refeição que passará para R$ 35, além do aumento do índice de gratificação do motorista que atua também como cobrador que passará de 10% para 15%. No dia 15 de janeiro, o Stetpoa havia aprovado um estado de greve, após não chegar a acordo com as propostas iniciais encaminhadas pelo sindicato patronal.

O presidente do Stetpoa, Adair da Silva, ressaltou que, com a aprovação da proposta, não há mais risco de greve por parte dos rodoviários de Porto Alegre. “Acho que a proposta não foi boa, mas também não foi das piores. Pela primeira vez a gente conseguiu no vale-alimentação este índice de 10,40% e a garantia do plano de saúde por três anos sem aumento. Só não tivemos ganho real. Teremos o reajuste da inflação, que a gente ainda não sabe em quanto vai dar”, citou.