Elefante-marinho completa duas semanas na Praia do Cassino, em Rio Grande

Espécie é monitorada pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) e pela Portos RS

Foto: Portos RS

Um elefante-marinho tem chamado a atenção dos banhistas na Praia do Cassino, em Rio Grande, no litoral Sul. O animal está na localidade desde o dia 19 de janeiro, quando surgiu próximo a uma guarita dos guarda-vidas. A suspeita é que o exemplar seja natural da Patagônia, na divisa entre Chile e Argentina, no extremo sul do continente, e tenha se perdido ao se aventurar nos mares do norte, em busca de alimento.

A oceanóloga e coordenadora do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), Paula Canabarro, explica que se trata de um animal jovem, que pesa entre 700 e 800 quilos e mede cerca de três metrôs. Ela espera que o animal retorne ao mar e siga para a região de origem, por conta própria.

De acordo com Paula, o animal está saudável e tem passado o tempo fora da água, por estar em fase de troca de pelos. “Não há nenhum sinal de debilidade nele. Ele está em uma fase de troca de pelos. Por isso é necessário deixa-lo tranquilo e descansado, para passar por esse processo.”

Além de permitir o descanso do elefante-marinho, o isolamento dele também serve para a proteção dos veranistas Durante o dia, os técnicos do Cram se revezam no monitoramento e à noite, o trabalho é realizado pela Patrulha Ambiental da Brigada Militar e pela Guarda Municipal.

“É um animal de vida livre. Em uma situação em que se sinta ameaçado, ele pode acabar machucando alguém. Então realizamos o monitoramento 24 horas e orientamos as pessoas”, disse Paula Canabarro

Os cuidados do animal também ocorre em parceria da Portos Rs. O diretor de Meio Ambiente da autoridade portuária, Henrique Ilha, mencionou o trabalho de excelência técnica desenvolvido pelos profissionais em relação a questões da vida marinha. “Trabalhamos com o Cram em várias outras oportunidades junto aos eventos na área portuária e ficamos muito satisfeitos em ver a excelência técnica da atuação das equipes. Isso mostra o valor desse trabalho, a importância da conservação ambiental e das boas práticas na zona portuária e suas adjacências”, afirmou.