Um relatório publicado pelo Ministério da Fazenda detalha a desigualdade na distribuição da renda e da riqueza da população brasileira. O estudo analisou dados do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2021 e 2022. Pelo levantamento, um grupo com 0,1% dos brasileiros que preencheram e enviaram a declaração do Imposto de Renda de 2023 concentra quase 12% de toda a renda declarada do país e os 10% “mais ricos” ficam com mais da metade (51,5%), aponta estudo do governo federal com dados do IR. Na outra ponta, os 50% “mais pobres” ficaram com menos de 15%.
Em 2022, cerca de 38,4 milhões de contribuintes apresentaram declaração do Imposto de Renda, o que corresponde a 35,6% da População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil. O levantamento revela uma renda altamente concentrada entre quem declara o IR, com o topo da pirâmide recebendo grande parte dos seus rendimentos totalmente livres de impostos.
Entre o 1% mais rico, 44,3% de toda a renda anual é isenta e 17,5% têm tributação exclusiva/definitiva. Entre o 0,1% de cima, quase 70% do rendimento é isento e menos de 10%, tributável. Já no 0,01%, a renda tributável respondeu por apenas 6,0% dos ganhos anuais. O levantamento usa dados da Declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPF) de 2022, divulgados pela Receita Federal em 2023, e considera só o universo de quem declara o Imposto de Renda — 38,4 milhões de pessoas, o equivalente a 35,6% da População Economicamente Ativa (PEA) do país. Os números apontam que a renda média anual foi de R$ 122.508, o equivalente a um salário de R$ 10.209 por mês entre quem declara.