A ministra aposentada do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber afirmou nesta segunda-feira (8) que é preciso cultivar o “jardim da democracia” para fortalecer as instituições democráticas. A declaração foi dada na abertura da exposição “Após 8 de janeiro: reconstrução, memória e democracia”, em alusão ao atentado extremista que vandalizou as sedes dos Três Poderes no ano passado.
“8 de janeiro, dia da infâmia, dia da resistência e da democracia inabalável. É preciso cultivar o jardim da democracia para o fortalecimento das instituições democráticas”, disse. Rosa Weber estava em Porto Alegre e foi chamada para participar do evento.
“Enorme foi minha alegria e emoção com o convite para que estivesse aqui. O convite foi irrecusável. O Supremo é o lugar para que minha alma sempre diz que quer voltar, seja porque 8 de janeiro de 2023 é uma marca indelével da história da democracia constitucional pelo ataque ultrajante, insuflado pelo ódio e ignorância contra instituições”, afirmou.
A iniciativa voltada à preservação da memória institucional do STF mostra cenas que simbolizam tanto a resistência do STF diante da retomada das atividades da Casa, com base na previsão constitucional de funcionamento do órgão de cúpula do Judiciário nacional, quanto os esforços das equipes envolvidas na reconstrução e restauração do patrimônio do Supremo.
A mostra também contempla o projeto “Pontos de Memória”, implementado logo após os atos antidemocráticos e que expõe peças danificadas, fragmentos decorrentes da violência e demais vestígios físicos do ataque, instaladas em locais de maior circulação de pessoas.
