Cerca de 60 mil gaúchos contraem câncer de pele no RS, segundo coordenadora do Dezembro Laranja

No RS são aproximadamente 66 mil pessoas diagnosticadas com a doença por ano. No Brasil, são 185 mil casos anualmente

Foto: Alina Souza/CP

A doutora Sabrina Sanvido, dermatologista da Santa Casa de Porto Alegre e coordenadora do Dezembro Laranja, revelou que a incidência de câncer de pele ocorre em três a cada dez pessoas no Rio Grande do Sul e no Brasil. Na visão da profissional, o índice ocorre devido ao desconhecimento com relação a gravidade e ao número de pessoas afetadas pela enfermidade. Conforme a especialista, no RS são aproximadamente 66 mil diagnósticos da doença por ano. No Brasil, são 185 mil casos anualmente.

Conforme Sabrina Sanvido, o câncer de pele também pode se transformar em metástase e e se espalhar por outros órgãos. Para a especialista, a principal forma de evitar a doença é o uso do filtro solar na hora em que as pessoas se expõem aos raios solares. “É importante salientar que não é só quando a gente está na praia, na piscina, ou se expondo de maneira recreativa. O pessoal da educação física, o pessoal que trabalha em obra, o pessoal da agricultura, que tem a pele bastante clara, principalmente aqui no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, são pessoas muito propensas a desenvolver um câncer de pele. Eu sempre digo, se a pessoa não gosta da textura, hoje em dia isso evoluiu muito. A gente tem diversos tipos de protetores solares, para tudo que é tipo de pele”, declarou.

Com relação aos sintomas, a dermatologista recomenda que, em qualquer caso suspeito, seja procurado auxílio, de modo a antecipar o tratamento e evitar o agravamento da situação. “Os pacientes devem ficar atentos àquelas manchinhas, feridinhas na pele que não cicatrizam. São feridinhas que estão ali há mais de três meses, e não cicatrizam, criam casquinha e sangram, vão aumentando de tamanho, principalmente em áreas foto expostas, que são áreas que ficam geralmente expostas à luz. Elas ocorrem no rosto, nos antebraços. São áreas nas pernas, do joelho para baixo, áreas que geralmente dão essas feridinhas, nos homens calvos, no couro cabeludo. São manchas vermelhas que demoram pra cicatrizar”, alertou.

No Rio Grande do Sul, conforme a dermatologista, em torno de 66 mil casos são registrados por ano. A maioria é do tipo melanoma que, segundo Sabrina Sanhudo, é um tipo que é menos agressivo, pois não costuma afetar o sangue. No Brasil, cerca de 185 mil novos casos da doença surgem a cada ano, sendo responsável por 33% dos diagnósticos de câncer no país.