As ruas dos bairros mais atingidos pela enchente histórica que devastou boa parte de Eldorado do Sul estão repletas pelos móveis e outros utensílios domésticos de quem teve a suas casas submersas pelas águas. Muitos moradores aproveitaram o domingo de sol para tentar organizar e contabilizar os prejuízos sofridos.
Valdirene enfatiza a dificuldade de vender a casa e sugere que a prefeitura ofereça alguma forma de indenização para os moradores interessados em deixar a região. Ela argumenta: “Não adianta comprarmos tudo novamente. Haverá outra enchente. Não há mais segurança aqui. Isso aqui vai virar um deserto. Desta vez, o alagamento afetou a todos, independente da classe social”.
Além de suas perdas pessoais, Valdirene, que trabalha como cozinheira, também perdeu todo o seu equipamento de trabalho, agravando ainda mais sua situação. Ela afirma que não sabe o que vai fazer. “Parece que a gente ainda não acordou, isso não parece realidade. A gente nem sabe o que vai fazer amanhã. Agora é um dia de cada vez”, declarou.