TJRS torna quatro homens réus pela morte de enfermeira em Alegrete

Foto: Arquivo pessoal/Reprodução

Quatro homens vão responder pelos crimes de extorsão qualificada majorada e de ocultação do cadáver da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, encontrada morta no dia 6 de julho deste ano, no Rio Ibirapuitã, em Alegrete. A vítima, de 40 anos, era residente em Dublin, na Irlanda, e veio de férias para o município, quando desapareceu na noite de 19 de junho. A denúncia do Ministério Público foi aceita parcialmente pelo Juiz Rafael Echevarria Borba, titular da Vara Criminal da Comarca da cidade, nessa quinta-feira.

Na acusação, o Ministério Público denunciou nove pessoas pelos crimes de extorsão qualificada majorada, de ocultação de cadáver e de associação criminosa. O juiz, no entanto, entendeu não terem sido apresentados elementos que comprovassem a participação de cinco indiciados, assim como a acusação de associação criminosa.

Foi mantida a prisão preventiva do réu apontado como o idealizador do crime e decretada a dos outros três réus, que estão presos temporariamente. O magistrado considerou que os homens foram movidos por interesses econômicos e planejaram de forma minuciosa a execução do crime.

As investigações contaram com a colaboração premiada de uma pessoa que teria participado do crime, sendo suspenso o prazo para oferecimento da denúncia em relação ao colaborador.

Relembre o caso

De acordo com a denúncia, Priscila Ferreira Leonardi foi sequestrada no dia 19 de junho e mantida em cativeiro. Ela teria sido morta ali mesmo, espancada e estrangulada. O corpo dela foi levado até a Sanga da Jararaca, afluente do Rio Ibirapuitã, e encontrado dias depois.

Ainda conforme o MP, os bens e valores pertencentes à vítima seriam divididos entre os envolvidos. O crime teria começado a ser planejado em janeiro de 2023, com divisão de tarefas e definição da repartição dos lucros que os criminosos viessem a obter.