A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira uma operação contra torcidas organizadas de Grêmio e Inter, em Porto Alegre, Canoas, Esteio e Novo Hamburgo. Furtos, roubos e atos violentos estão relacionados com a ofensiva de hoje. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e uma ordem de prisão preventiva, que se transformou em prisão em flagrante por posse de arma. O detido esteve envolvido na derrubada de uma cabine do VAR e no apedrejamento que ocorreu no estádio do São José.
O responsável pela 2ª Delegacia de Polícia Distrital de Porto Alegre, delegado Vinicius Nahan explica a importância da operação para coibir a violência entre torcidas organizadas no Rio Grande do Sul. “Acreditamos que a Operação Fair Play é importante para mostrar que a violência entre as torcidas não serão aceitas pelos órgãos de Segurança Pública. Qualquer ação, por menor que seja, que desencadeie esse conflito aberto entre as torcidas vai ser reprimido, e os indivíduos que cometeram esses crimes serão responsabilizados”, detalhou.
Conforme os investigadores, faixas e instrumentos que eram roubados ou furtados eram exibidos como troféus nas redes sociais. Nahan também explica como iniciaram-se as investigações. “Começou a partir do furto qualificado de uma faixa, que ocorreu no estádio Beira Rio. Esse furto foi praticado por dois indivíduos que estavam vestidos com roupas do Internacional, que entraram no estádio e furtaram a faixa pertencente a uma torcida organizada rival. Os dois fazem parte de uma organizada do Grêmio. E a partir desse furto a investigação conseguiu descobrir todas as pessoas que estavam envolvidas”, revelou.
A Polícia Civil ainda encontrou um conselheiro do Grêmio que estaria envolvido na prática dos crimes. Ele foi conduzido para a delegacia para assinatura de um termo circunstanciado por posse de maconha. Anteriormente, o mesmo conselheiro já havia sido preso por porte de armas. Ele seria integrante da Geral.
Consultado pela reportagem se o clube poderia tomar alguma medida contra o conselheiro, o Grêmio informa através de sua assessoria de imprensa que “o presidente do Conselho Deliberativo, Alexandre Bugin, junto à Comissão de Ética do colegiado está analisando a situação para a tomada de providências”, detalha o comunicado.
