Celulares foram apreendidos em Bangu 3, no Complexo de Gericinó, após informações sobre uma reunião com a participação de detentos, por meio de uma videoconferência, para tratar da execução dos supostos responsáveis pelo ataque a tiros que matou três médicos no Rio de Janeiro.
O governador Cláudio Castro confirmou em entrevista coletiva, na tarde desta sexta-feira, que os aparelhos telefônicos recolhidos foram encaminhados à perícia e passaram a ser objeto de investigação.
Não foram divulgados detalhes sobre com quais presos foram recolhidos os celulares, mas há indícios de envolvimento do grupo com a maior facção criminosa que atua no Rio.
A ordem do chamado ‘tribunal do tráfico’ para matar os quatro envolvidos no crime, supostamente cometido por engano, pode ter sido dada durante a videoconferência, com a participação de traficantes da comunidade Vila Cruzeiro, na zona Norte.
Os corpos foram encontrados na noite dessa quinta, também na zona Oeste. O secretário da Polícia Civil, José Renato Torres, disse que um dos homens já era investigado pela polícia como suposto envolvido no caso.
Vídeo registrou ataque a tiros em quiosque
Novas imagens de câmeras de segurança obtidas pela Record TV exibem o desespero das testemunhas durante o ataque a tiros contra o grupo de médicos — três morreram e outro ficou ferido.
O crime ocorreu no início da madrugada de quinta-feira, quando havia um intenso movimento no estabelecimento. No vídeo, é possível ver que as pessoas correram e se jogaram no chão.
A principal linha de investigação do caso mostra que os médicos foram atacados por engano, depois de um deles ter sido confundido com o filho de um miliciano.
Dos três médicos assassinados, dois eram de São Paulo e o terceiro, da Bahia. Todos haviam chegado à cidade para participar de um congresso internacional de ortopedia.