A Defesa Civil Estadual divulgou, na tarde desta terça-feira, o primeiro balanço parcial de estragos causados pelas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a quinta-feira passada.
Desde então, foram reportados, em 39 cidades, 40 eventos adversos, como granizo, tempestades, chuvas intensas, inundações e movimentos de massa. Vacaria, nos Campos de Cima da Serra, consta duas vezes na lista porque enfrentou duas situações diferentes. A capital, Porto Alegre, ainda não aparece oficialmente na relação.
A parcial aponta 395 pessoas em abrigos públicos e 1.012 desalojadas, em casas de amigos e parentes. Os números tendem a crescer à medida em que as equipes, ainda em atendimento nas ruas, forem entregando as planilhas à Defesa Civil Estadual.
Os municípios que reportaram os maiores volumes de desabrigados foram, até agora, Turuçu (94 pessoas), Alegrete (90), Rio Grande (59), Canoas (49) e Estância Velha (40). Já os que mais informaram desalojados foram Rio Grande (180), Alegrete (176), Pelotas (175), Uruguaiana (158) e Itaqui (137). Além dos cerca de 1,4 mil moradores fora de casa, outras 48.692 pessoas foram afetadas de alguma forma – 40 mil delas só em Bagé, onde uma chuva de granizo generalizada destelhou milhares de residências, na madrugada de sábado.
Desde o início de setembro, o Rio Grande do Sul vem sentindo os efeitos do fenômeno El Niño, cuja influência acarreta maior incidência e volume de chuvas, o que resulta em enchentes e inundações. No balanço dos eventos de 2 a 6 setembro, 49 pessoas morreram, 943 ficaram feridas e nove seguem desaparecidas. Mais de 27 mil foram removidas de casa e 490 permanecem em abrigos públicos, conforme a Secretaria Estadual de Assistência Social. Cerca de 402 mil pessoas foram afetadas, em 107 cidades.
