Licença paternidade entra na pauta do STF na próxima semana

Faltando apenas um voto para corte reconhecer a omissão do poder Legislativo na fixação do prazo

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A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu para o plenário da corte o julgamento da ação que pode obrigar o Congresso Nacional a regulamentar o prazo da licença paternidade. A análise deverá estar entrar no plenário virtual entre os dias 22 e 29 de setembro, faltando apenas um voto para formação de maioria para reconhecer a omissão do poder Legislativo e fixar prazo de 18 meses para o Congresso regulamentar o tema.

A ação foi proposta em 2012 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), que pede a declaração de omissão do Congresso em legislar sobre o assunto. A Constituição estabeleceu que o prazo da licença-paternidade, até ser editada lei complementar sobre o assunto, é de cinco dias. Passados mais de 30 anos, o Congresso não disciplinou o tema. Às mães, é oferecida licença de 120 dias.

Os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes votaram nesse sentido. Os ministros argumentaram em seus votos que, se a omissão persistir além do prazo determinado de 18 meses, passará a valer a equiparação entre os prazos das licenças maternidade e paternidade. Os demais ministros não detalharam o que acontecerá após o prazo. Houve só um voto contrário, do relator, Marco Aurélio Mello.