No RS, Alckmin confirma que PAC vai incluir PPPs e concessões

Vice-presidente da República disse que trazia "mensagem de otimismo", em referência à economia

Foto: Mauro Schaefer/CP

Seguindo agenda na primeira visita ao Rio Grande do Sul após a eleição do ano passado, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), palestrou na sede da Federação das Indústrias do RS (Fiergs) sobre desenvolvimento econômico e social. Pela manhã, em Passo Fundo, Alckmin anunciou o termo de compromisso da primeira usina de etanol em larga escala no Estado, que deve começar a operar em julho do ano que vem.

Respondendo a demandas de empresários e do Estado, Alckmin ressaltou a necessidade de melhorias em infraestrutura e conexão entre modais como o rodoviário e o hidroviário. E também antecipou que o novo PAC, que deve ser lançado no próximo dia 11, vai ter investimento público superior ao dos últimos quarto anos, embora parte da iniciativa seja composto de parcerias público-privadas (PPPs) e concessões.

Alckmin garantiu aos representantes da indústria gaúcha que o governo federal não vai mexer na reforma trabalhista, mas que há necessidade de desoneração da folha e de desburocratização.

“Quero trazer uma mensagem de otimismo”, disse o vice-presidente da República, referindo-se à economia, defendendo o crescimento do PIB como elemento para redução da dívida externa.

Alckmin iniciou a fala com o tema da reforma tributaria, que disse não ser perfeita, mas que vai ajudar a melhorar o “manicômio tributário” no país. “Nós temos um modelo tributário que é o paraíso dos advogados tributaristas. Simplificar o modelo é essencial. E a reforma tributária vai fazer justiça ao setor industrial”, afirmou.

Quanto à queda de juros, o vice-presidente disse que caiu, mas que “precisa cair muito mais”. Ele evitou entrar em atrito com o Banco Central, dizendo que não há nada de errado em se haver autonomia, mas citou que em outros países, como os EUA, não se leva em consideração fatores como o combustível para a definição da taxa.

Alckmin defende a queda de juros, o que criou atrito com o BC. Nesta semana, a taxa Selic teve redução de 0,5%, a primeira em três anos. “A tendência é de cair mais, o que já projeta no juro futuro e aumenta a competitividade”, completou o vice-presidente.