Monitor do PIB aponta retração de 3% em maio, diz FGV

Total do acumulado do PIB até maio de 2023 é estimado em R$ 4,238 trilhões

Crédito: Assintecal/Divulgação

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma queda de 3% em maio na comparação com o mês de abril, sendo estimado um acumulado do PIB até maio de 2023 de R$ 4,238 trilhões. . A informação consta do Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), e que antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais. Na comparação com maio de 2022, a atividade econômica teve alta de 1,8% em maio de 2023.

Embora o setor agropecuário seja o principal responsável pela queda do PIB, os juros elevados contribuíram para pequenas oscilações negativas, de 0,1%, tanto na indústria quanto em serviços – setor que tem tendência de redução desde o fim do ano passado.

“O forte recuo da atividade econômica em maio reflete o fim dos principais meses de colheita da safra de soja. O expressivo crescimento do PIB no primeiro trimestre, sendo influenciado pelo desempenho da colheita de soja, elevou a base de comparação nos primeiros meses do ano e, em maio, com a redução da colheita deste produto, a atividade econômica retraiu”, explica Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.

CONSUMO DAS FAMÍLIAS

O consumo das famílias cresceu 2,9% no trimestre móvel com fim em maio. Apesar do crescimento, há uma tendência de redução desta taxa do consumo desde o final de 2022. O consumo de serviços é o principal componente a explicar essa tendência declinante. Enquanto no ano passado apresentou crescimento médio trimestral em torno de 7%, no trimestre móvel encerrado em maio de 2023 cresceu apenas 3,2%.

A exportação de bens e serviços cresceu 17,2% no trimestre móvel terminado em maio. Os destaques são a exportação de produtos da extrativa mineral e da agropecuária. Já o total das importações cresceu 7,3% no trimestre móvel terminado em maio.

A taxa de investimento em maio foi de 18,9%, acima das médias históricas. O aumento está associado à redução da contribuição da agropecuária para o crescimento do PIB.