Depois de passar parte da semana em Brasília participando das negociações do projeto de Reforma Tributária, juntamente com outros governadores, o chefe do executivo estadual Eduardo Leite chegou ao Tá na Mesa da FEDERASUL, nesta quarta-feira, 5, sustentando que conseguiu marcar posição para que o texto seja mais bem avaliado. Acrescentou que para a proposta atual avançar é preciso que tenha mais equilíbrio. “Precisamos evitar que haja desequilíbrio federativo, a distribuição de tributos não pode ser desproporcional. O Rio Grande do Sul não pode ser lesado”, disse.
Em sua apresentação, que contou com a participação do deputado Vilmar Zanchin, presidente da Assembleia Legislativa do RS, Leite apontou oportunidades para investimentos no estado, como no terreno dos semicondutores. Em sua estada em Brasília ele esteve reunido com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e, mais cedo, com o embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Lim Ki-mo para tratar deste mercado. A Coreia do Sul é reconhecida mundialmente como um dos principais países produtores e exportadores de chips de computador, memórias e outros componentes eletrônicos.
“O Rio Grande do Sul tem um plano muito bem estruturado para atrair esses investimentos. Somos o Estado número um em inovação no Brasil e temos uma mão de obra muito qualificada. Somos um polo de inovação que tem todas as condições de atender às necessidades de grandes empresas do setor de tecnologia”, afirmou Leite.
O presidente da FEDERASUL Rodrigo Sousa Costa é contra a votação da reforma tributária sem conhecer o teor da proposta e os efeitos e impactos decorrentes. Disse que é preciso mensurar o impacto das mudanças em cada um dos setores da economia. “Negar acesso ao texto é desinformação. É votar às cegas, sem conhecer os efeitos das mudanças”.