As ações de pesquisa desenvolvidas pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária na cultura do lúpulo foram tema de apresentação do pesquisador Alexander Cenci, do Cevitis de Caxias do Sul (https://www.agricultura.rs.gov.br/cp-caxias-do-sul), na quinta-feira (15), durante webinar online. O evento foi promovido pela Emater e pela Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). “O envolvimento dos órgãos de pesquisa, ensino, extensão e inovação são fundamentais para dar suporte, apoio, e gerar informações confiáveis que facilitem a tomada de decisão dos atores envolvidos na cultura do lúpulo”, destaca o pesquisador.
Cenci destacou a finalização de uma unidade demonstrativa de lúpulo no Cevitis, em Caxias do Sul, prevista para o mês de dezembro, bem como de uma casa de vegetação, que deve avançar nas pesquisas sobre a cultura. “É importante as pessoas virem ao Centro visitar, terem contato com as plantas, conhecer a cultura, ver como funciona o sistema na prática”, destaca.
O trabalho com o lúpulo vem sendo desenvolvido desde 2021 com um projeto piloto que contou com a participação de oito produtores das regiões da Serra, Campos de Cima da Serra e Hortênsias. O trabalho desenvolvido pelo DDPA em parceria com a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Emater permitiu a caracterização dos produtores e dos locais de produção, da produção de lúpulo, do manejo produtivo e da gestão do negócio. Os resultados podem ser conferidos nesta publicação ( páginas 52 a 60): https://www.editorainvivo.com/_files/ugd/08fcde_39ef0188c6184d728abccb9f6a07966d.pdf
No ano passado, foi realizado o Censo RS com 40 produtores de lúpulo e os dados mostraram que a cultura se concentra mais nas regiões do Vale do Taquari, Serra e Metade Norte do Estado. “Os produtores vêem o lúpulo como produtivo, possível de ser produzido em pequenas áreas e com potencial em função do crescimento das cervejas artesanais”, destaca Cenci. Mas por outro lado, destaca o pesquisador, os custos de implantação ainda são altos e a falta de informações sobre os sistemas de produção e de qualificação dos profissionais são desafios a serem superados.
Cenci destacou também as pesquisas desenvolvidas em Porto Alegre pelo Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa Agronômica (Ceagro), com testes in vitro, miniestaquias, com luz púrpura, mudas e análises de solo. E afirma que é necessário que outras instituições de ensino e pesquisa do Rio Grande do Sul se engajem neste trabalho, para mostrar como as variedades se desenvolvem em diferentes regiões do estado.
A webinar também contou com a participação de Gabriel Assmann, da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), professora Betina Bitencourt, da Uergs de Caxias do Sul, e os professores Gabriel Pauletti e Wendel Silvestre, da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Para assistir na íntegra acesse o link https://cutt.ly/wlupulo.