Um dia inteiro dedicado a discutir temas importantes do Cavalo Crioulo, esse foi o objetivo da participação da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) na primeira edição do “Pampa em Evolução – Conhecimento, Negócios e Sustentabilidade”, realizado em Dom Pedrito, a “Capital da Paz”, no Parque de Exposições Juventino Corrêa de Moura, durante toda esta quarta-feira (14). O principal objetivo do evento é mostrar o potencial da cadeia agropecuária do Bioma Pampa, que inclui o Cavalo Crioulo.
Pela manhã, na abertura do evento, o sócio-proprietário da Löf Reprodução Equina, médico veterinário formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), também Mestre em Fisiopatologia da Reprodução e Doutor em Reprodução Equina, ambos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Henrique Löf, trouxe o tema da tecnologia na reprodução da raça Crioula, com a palestra “Biotecnologias reprodutivas na raça Crioulo”, onde abordou técnicas de inseminação como a Transferência de Embrião (TE) e a Aspiração Folicular Equina (ICSI). O prefeito e anfitrião do evento, Mário Augusto, também fez o uso da palavra. Com criação de Cavalos Crioulos em sua família, Mário destacou a ligação da cidade com o Cavalo, especialmente no período de guerras no Estado.
“Cavalo Crioulo dos seis biomas do Brasil” foi o tema que levou o gerente de expansão da ABCCC, Gérson de Medeiros, e o vice-presidente de provas esportivas, Fernando Gonzales, para o palco do Pampa em Evolução. Ambos apresentaram o crescimento das modalidades do Cavalo Crioulo pelo Brasil, destacando a adaptabilidade do Cavalo Crioulo nas mais diferentes provas esportivas, além da expansão de provas seletivas, como a realização de Passaportes Morfologia nas regiões de fomento da raça.
A mesa redonda “ABCCC: uma visão de negócio” encerrou o dia do Cavalo Crioulo no evento, com a participação do presidente da ABCCC, César Augusto Rabassa Hax, do vice-presidente de Comunicação e Relações Comerciais, Filipe Silveira Pavei, do vice-presidente de Provas Esportivas, Fernando Gonzales e dos criadores Marcelo Rezende Móglia (Cabanha Cala Bassa, Aceguá/RS) e Fabiano Fachini (Cabanha Buenas Hijas, Sorriso/MT), a mediação foi do superintendente SRG, Frederico Vieira Araújo. Foi o momento de diferentes visões do Cavalo Crioulo com um único objetivo: fazer com que o Cavalo Crioulo cresça cada vez mais em todo o Brasil e ocupe espaço de destaque dentro e fora do País.
O presidente ressalta a importância da inserção do Cavalo Crioulos em eventos que envolvem não somente equinos, mas também a cadeia do agronegócio e que leva para um público cada vez maior a importância da raça Crioula. “Evento extremamente importante, um espaço que foi aberto para o Cavalo Crioulo que possibilitou a gente discutir um pouco de tudo: da parte técnica, da parte de criação, das partes reprodutivas, biotecnologias e sobretudo de expansão. A gente teve dois criadores que mostraram um pouco da visão de como é formatado essa criação, o que eles esperam da expansão e da Associação. E sempre é bom discutir com criador, com o nosso associado, um pouco do dia a dia da ABCCC, levar alguns números a conhecimento, ouvir as demandas, um fórum de bastante discussão que é extremamente positivo para quem pensa em crescer e consolidar processos”, finaliza Hax.
Residindo há 26 anos em Sorriso, no Mato Grosso (MT), Fabiano Fachini, titular da Cabanha Buenas Hijas, cria Cavalos Crioulos no centro-oeste há 10 anos e ressalta a importância desse momento para a troca de experiências, além de ressaltar o trabalho de extensão realizado pela Associação. “Muito prazer em participar, muito importante para aprender os mecanismos e a forma de como a ABCCC trabalha, especialmente a importância que ela está dando para os estados em expansão, no caso do meu estado, o Mato Grosso”, ressalta o criador.
