Ciclone se afasta do Rio Grande do Sul e fim de semana vai ter predomínio de tempo seco

Após chuva histórica registrada entre quinta e sexta, tempo estabiliza nos próximos dias

Foto: Ricardo Giusti/CP

O ciclone extratropical que causou fortes chuvas em partes do Rio Grande do Sul tende a se afastar ao longo deste sábado. Pela manhã, ainda resta umidade, com muitas nuvens, principalmente nas faixas Leste e Nordeste. Na faixa litorânea, o dia vai ser ventoso, com nuvens e chuva passageira. Persiste o risco de ressaca marítima.

Já na metade Oeste, o sol aparece desde cedo, com previsão de queda na temperatura. A mínima pode baixar de 5°C no Sul e Oeste no começo da manhã e as máximas devem variar entre 15°C e 17°C.

No domingo, uma massa de ar polar toma conta do Rio Grande do Sul. O tempo fica seco e sem nuvens desde cedo. O amanhecer vai ter frio de inverno. A previsão é de mínimas inferiores a 5°C em grande parte das regiões.

Nos pontos de maior altitude do Sul e do Norte, pode haver ocorrência de temperaturas negativas e formação de geada. No litoral, o vento perde força. No entanto, o mar segue agitado. Durante a tarde, a temperatura sobe aos poucos e a máxima deve chegar aos 20°C no Oeste. A previsão indica tempo seco e sol entre nuvens na maior parte do Estado também na segunda e na terça-feira.

Volume de chuva histórico
O volume de chuva que caiu sobre o território gaúcho entre quinta e sexta-feira superou marcas históricas, conforme a MetSul Meteorologia. Em 24 horas, foram registrados 209 mm na estação de Campo Bom do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Foi o maior volume acumulado no RS no mês de junho desde 1961.

O Inmet conta com uma rede de estações meteorológicas que fazem medições em diversas regiões gaúchas desde 1912. Com base nesse banco de dados, é possível comparar o volume de chuva de 24 horas do mês de junho com anos anteriores e avaliar a relevância histórica dos episódios de precipitação.

Ao mesmo tempo em que Campo Bom lidera o ranking estadual de maior acumulado para junho, esse é o maior acumulado de 24 horas registrado desde a instalação da estação, em 1984.

Em Porto Alegre, o volume chegou a 141,7 mm, o maior para junho desde 1916 segundo medição do Inmet.