Após a confirmação dos primeiros casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Brasil, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) garantiu que o consumo de carne de aves, derivados e ovos segue “totalmente seguro” no Brasil. A orientação, segundo a ABPA, está respaldada cientificamente pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) e por órgãos reconhecidos internacionalmente. “É importante reiterar que a situação foi registrada em duas aves marinhas migratórias e não ocorreu dentro do sistema industrial brasileiro, que segue os mais rígidos protocolos de biosseguridade. Por isso, não há qualquer mudança em relação ao abastecimento interno de produtos”, destacou em nota.
De acordo com a OMSA, a infecção de seres humanos com a doença é “esporádica e acontece em contextos específicos”: as únicas pessoas sob risco são as que mantêm contato repetitivo e em espaços fechados com aves infectadas. Nas Américas, os países que registraram infecção do vírus H5N1 em humanos foram Equador, em janeiro, e Chile, em março de 2023.
Por isso, tanto a ABPA como o Mapa advertem para a importância de acionar os serviços veterinários locais mediante a identificação de aves com sintomas suspeitos da doença. Também é possível notificar o Serviço de Vigilância Oficial (SVO) por meio do e-Sisbravet, além de não tocar e nem recolher aves doentes.
Na América Latina, além do Brasil, casos da IAAP foram registrados em países como Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru, Uruguai, Venezuela Chile e Equador. Na América Central, o vírus chegou ao México, a Honduras e ao Panamá. Na América do Norte, infectou aves no Canadá e nos Estados Unidos.