Intenção de compra de imóveis recua e atinge menor patamar desde 2022, diz FipeZAP+

Resultados também indicaram queda na proporção de transações com desconto e percentual negociado

Imóveis em SP. Foto: Dalia Bastos / USP Imagens / CP

O número de compradores de imóveis e intenção de compra no mercado brasileiro encerrou o primeiro trimestre do ano com uma alta de um ponto percentual, comparado com o último período do ano passado. Conforme a pesquisa Raio-X FipeZAP+, a participação de compradores que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses variou de 9%, no 4º trimestre de 2022, para 10% no 1º trimestre de 2023, interrompendo trajetória de queda observada desde o início de 2022.

O levantamento envolveu a consulta para 1.077 respondentes entre os dias 11 de abril e 01 de maio de 2023. Em relação ao tipo do imóvel adquirido, a maioria dos compradores mencionou a preferência por imóveis usados (59%). Entre a destinação do imóvel para “moradia” prevaleceu sobre o objetivo “investimento”, abrangendo 61% do público que integrou este grupo.

MORADIA

Considerando apenas aqueles que adquiriram o imóvel para “moradia”, a opção “morar com alguém” se manteve majoritária (72%). Entre os investidores, a intenção de alugar o imóvel adquirido se destacou em 57% das respostas. A proporção de compradores potenciais – respondentes com a intenção de adquirir imóveis nos próximos três meses – declinou de 44%, no 4º trimestre de 2022, para 40% da amostra, no 1º trimestre de 2023 – o menor patamar desde o início de 2022.

Entre eles, pouco mais da metade declarou indiferença entre imóveis novos e usados (53%), seguida da preferência por usados (37%) e novos (10%). Já em termos de objetivo, a maior parte dos compradores potenciais expôs a intenção de utilizar o imóvel para “moradia” (91%), superando amplamente a frequência da finalidade “investimento” entre compradores potenciais do 1º trimestre de 2023 (9%).

Com relação aos preços atuais, a parcela de respondentes que classificavam os valores dos imóveis como “altos ou muito altos” oscilou de 76%, no 1º trimestre de 2022, para 75%, na amostra do 1º trimestre de 2023). Em relação à expectativa de preços para os próximos 12 meses, a última leitura revela uma queda no percentual de respondentes que projetavam alta nominal no valor dos imóveis – de 44%, no 1º trimestre de 2022, para 38% da amostra referente ao 1º trimestre de 2023.