Em assembleia realizada hoje, metroviários da Trensurb decidiram manter a paralisação de 24 horas, prevista para esta segunda-feira. A estatal confirmou, porém, que a Justiça do Trabalho de Porto Alegre acolheu uma ação de interdito proibitório a fim de preservar o patrimônio e o livre funcionamento da empresa no dia da mobilização. Em caso de descumprimento da decisão, o Sindimetrô fica sujeito a uma multa de R$ 100 mil.
De acordo com a Trensurb, a liminar proíbe os metroviários de invadirem ou ocuparem a via dos trens, de impedirem os usuários de comprar os bilhetes e de liberarem as catracas, permitindo que os passageiros viajem de graça. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) confirmou a decisão, da juíza da 27ª Vara do Trabalho da capital, Raquel Hochmann de Freitas.
A Trensurb também reforçou, em nota, que mantém os esforços para garantir a prestação do serviço, nesta segunda-feira. A estatal confirmou, ainda, que a Metroplan e a EPTC se comprometeram a reforçar os horários das linhas de ônibus nas cidades atendidas pelo trem.
Durante uma audiência nesse sábado, mediada pelo TRT4, representantes da Trensurb se comprometeram a levar ao Conselho de Administração a possibilidade de rever uma decisão administrativa relacionada ao pagamento de adicionais de risco e de periculosidade aos agentes de segurança das estações de trem.
Na sexta, o presidente do Sindimetrô RS, Luiz Henrique Chagas também explicou que a categoria repudia o projeto de privatização da estatal, chamado de “tragédia anunciada”, com risco de “aumento da tarifa” e de insegurança a quem utiliza o serviço.
O Sindimetrô RS salienta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não retirou a Trensurb do Plano Nacional de Desestatização (PND), embora tenha prometido encerrar o processo de privatização de todas as estatais assim que tomou posse.
A Trensurb transporta cerca de 110 mil passageiros por dia.
Sindicato garante que não vai impedir funcionamento da Trensurb
Contatado pela Rádio Guaíba, Chagas, afirmou que os sindicalistas não vão coagir funcionários da Trensurb a aderir à greve.
“O trabalhador tem a capacidade de discernir o que é importante. Há funcionários gratificados (FGs) que a Trensurb vai obrigar a trabalhar amanhã. Se outros trabalhadores não tiverem se conscientizado, é uma pena”, declarou o presidente do Sindimetrô.
