Super quarta para a política monetária no Brasil e nos EUA

Para analistas, tendência continua sendo de manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano

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E chegamos a super quarta, quando o Banco Central brasileiro e o Federal Reserve, dos Estados Unidos, vão sinalizar quais as tendências para a política monetária para os próximos meses, se com aumento, manutenção ou recuo. Por aqui, a tendência continua sendo de manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano, mas com sinais, no comunicado ao final da reunião do Comitê de Política Monetária, que os dias de aumento dos juros estão contados a partir do segundo semestre.

Apesar dos sinais de positivos apresentados pela queda de indicadores inflacionários, o mercado financeiro continua projetando uma inflação anualizada de 6,05% em estimativas contidas no Relatório Focus divulgado nesta terça-feira,2, pelo Banco Central. A meta de inflação deste ano, determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25%, com teto de 4,75% ao ano. Para 2024, a meta passa para 3%, com limite superior de 4,5% anuais. Em junho, o Conselho terá a chance de revisar, como querem os integrantes da equipe econômica, em reunião para definir a meta de inflação de 2026 e confirmar ou mudar as atuais de 2024 e de 2025.

A prévia do Índice de Preços ao Consumidor, o IPCA 15, registrou alta de 4,16 no acumulado em 12 meses até abril, a menor taxa para o período desde outubro de 2020. Já o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou queda de 0,50% no fechamento de abril, após alta de 0,74% em março e alta de 0,43% na terceira leitura do mês, para um acumula de 3,44% em 12 meses.

A maioria dos analistas sobre o comportamento do Federal Reserve (Fed) acreditam que, ao final do encontro desta quarta-feira, haverá um aumento de 25 pontos base em sua taxa de juros de referência. No entanto, este comportamento não tem unanimidade entre analistas, se novo aperto ou manutenção da taxa, mas a maioria acredita em pausa no ciclo, com os Fed Funds se mantendo na faixa de 5,0%-5,25% até, pelo menos, o meio do ano.