A presidente da Ascribu, Desireé Möller, que também é a proprietária dos animais, destaca que a grande importância dos búfalos estarem inseridos nas universidades é para incentivar os trabalhos científicos em cima desta espécie e também apresentar aos alunos de veterinária, zootecnia e agronomia o búfalo como uma alternativa para os diversos tipos de produção, tanto carne quanto leite. “Quem ganha muito com esta parceria são os alunos, por terem animais para fazer a pesquisa, além dos produtores que ganham estas pesquisas. Temos diversas pesquisas em cima de ganho de peso, produção e análise de leite, e melhoramento genético. A gama de pesquisas pode ser enorme. Então só reflete em coisas positivas para o produtor”, observa.
Formada em Medicina Veterinária pela própria universidade, Desireé lembra também dos tempos de aprendizados nas fileiras acadêmicas e da importância deste período para a sua formação. “Foi uma faculdade que me ensinou muito. Fico muito feliz em estar retribuindo com o empréstimo destes animais”, recorda.
Para o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Ulbra, Jean Carlos dos Reis Soares, a bubalinocultura é uma atividade tradicional no Rio Grande do Sul e a ideia é reforçar a parte prática. “Receber estes animais e fazer com que os nossos alunos tenham contato com eles, com o manejo e as práticas de como lidar e quais os processos envolvidos na bubalinocultura é importante e vai qualificá-los e valorizar o curso”, salienta.
O professor explica, ainda, que um dos diferenciais do curso é o exercício da atividade prática. “Receber os animais na Fazenda Escola, no Campus de Canoas, vai promover uma série de atividades de qualificação para a inserção dos alunos no mercado de trabalho”, salienta.
