Maioria do mercado imobiliário da capital projeta vendas estáveis em 2023, diz Sinduscon-RS

Sondagem setorial sinaliza impacto negativo da taxa de juros

Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A taxa de juros em patamares elevados é o principal desafio de 2023, segundo a c realizada pelo Sinduscon-RS, com coleta de dados entre 11 e 19 de abril. Não confiante numa mudança significativa na política atual adotada pelo Banco Central, a maioria dos empresários sinalizam estabilidade nas vendas de imóveis novos na capital gaúcha (51%), 31% indicam redução e 17% um aumento na comercialização.

Na consulta às 35 incorporadoras participantes do levantamento, que correspondem a mais de 80% do mercado em Porto Alegre,  77% apontaram a alta taxa de juros como o principal desafio em 2023, implicando de forma direta na redução dos recursos da caderneta de poupança, uma das principais fontes de financiamento imobiliário.  Mesmo assim, 60% dos empresários do setor estimam que o acesso ao crédito imobiliário até o final do ano não deverá apresentar significativas alterações e 31% apostam na redução de funding.

CENÁRIO

Embora desde setembro o custo dos insumos venha demonstrando relativa estabilidade, os aumentos praticados desde a pandemia devem continuar pressionando o preço de imóveis novos. Na sondagem, 60% assinalaram o aumento do valor médio de lançamentos, situação também demonstrada no Panorama do Mercado Imobiliário de Porto Alegre, pesquisa realizada também pelo Sinduscon-RS, em parceria com a Alphaplan- Pesquisa de Inteligência e Órulo. A média do metro quadrado em 2022 comparado com 2021 teve um incremento de 12%.

Para o presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum, com a constante tendência de valorização, o imóvel continua sendo visto no mercado como uma alternativa de um retorno financeiro atraente e segura, fator que, mesmo diante de um cenário incerto, provoca um aumento na intenção de novos lançamentos ainda este ano. Em relação a 2022, 49% dos empresários consultados na Sondagem sinalizam aumento no volume de lançamentos, 34% estabilidade e 17% redução. Sob este aspecto, Teitelbaum destaca a importância do mercado continuar ativo, gerando renda, impostos e empregos. “Porém, com novos produtos adequados à realidade, assertivos, atendendo às necessidades do mercado, em diferentes nichos”, conclui.