Governo lança movimento pela segurança nas escolas com canais de denúncia e reforço na vigilância

Campanha integra o programa Operação Escola Segura; governos estaduais e municipais serão convidados a participar

Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

O governo federal lançou, nesta quinta-feira, uma campanha pela promoção da paz em ambientes escolares. O movimento “Tamo junto pela paz nas escolas” é promovido de forma integrada com a Operação Escola Segura, de ações preventivas e repressivas 24 horas por dia, iniciada em 6 de abril e sem data para acabar. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), governos estaduais e municipais serão convidados a participar do movimento.

A iniciativa surge após os ataques criminosos às escolas e o aumento da disseminação de conteúdo violento nas redes sociais, com ameaças não confirmadas de ataques. Entre as ações lançadas pelo governo está também o Programa Dinheiro Direto na Escola e a destinação de recursos para o combate à violência. Foram liberados, em 6 de abril, R$ 150 milhões para reforçar a segurança em escolas da rede pública O Ministério da Justiça também aumentou, de 10 para 50, o número de policias que fazem o monitoramento da chamada deep web.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na terça-feira com chefes dos poderes Legislativo e Judiciário, além de ministros, governadores, parlamentares e membros do Ministério Público, para discutir políticas de segurança, prevenção e enfrentamento à violência nas instituições e ensino.

Na quarta-feira, o MEC lançou a cartilha “Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar”, que, além de orientações, reforça os canais de denúncia criados pelos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos. Além do Disque 100, o governo disponibilizou um número de WhatsApp exclusivo.

Ataques

Segundo levantamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Brasil registrou ao menos 22 ataques de violência extrema em 23 escolas desde 2002. O número é mais alarmante se considerado um recorte recente: mais de um terço desses registros (nove) ocorreu desde junho do ano passado.