243ª Feira do Peixe de Porto Alegre supera público e volume de vendas de 2022

Cerca de 300 mil pessoas passaram pelos três espaços na Capital, e mais de 340 toneladas já foram comercializados em 2023

Foto: Guilherme Almeida/Correio do Povo

A 243ª Feira do Peixe em Porto Alegre já superou os números de público e vendas de 2022 antes mesmo de terminar. De acordo com parcial da Secretaria Municipal de Governança Local e Coordenação Política (SMGOV), responsável pela organização, 300 mil pessoas haviam passado, até a quinta-feira, penúltimo dia do evento, pelo somatório das três feiras, tanto no Centro Histórico, quanto na Esplanada da Restinga e no bairro Belém Novo. No ano passado, foram 280 mil.

Já a parcial de comercialização de pescados, até 20h de quinta-feira, estava em 320 toneladas no Largo Glênio Peres, 20 toneladas na Restinga e 500 quilos no Belém Novo. Em 2022, os números foram de 286,5 toneladas, 10,8 toneladas e 550 quilos, respectivamente. O preço médio dos peixes neste ano está um pouco mais elevado: R$ 34 contra R$ 32,50 no ano anterior. Nesta sexta-feira, o movimento de pessoas é intenso no Centro, que conta com 40 bancas, principalmente em busca do tradicional peixe na taquara, cuja fila tinha dezenas de pessoas aguardando. Todas as feiras seguem até o meio-dia de hoje.

O criador do peixe na taquara, Salomão de Souza Oliveira, 83 anos, participa da feira há 76 anos, e ainda apresenta disposição de guri. “A primeira Semana Santa eu fiz com sete anos de idade. O movimento neste ano está ótimo. Esperávamos que ia acontecer isto, porque, depois da pandemia, é o primeiro ano em que está tudo liberado para os grandes eventos. Estamos aqui à disposição para quem quiser conhecer mais a história do nosso produto”, comentou o pescador.

O motorista Nilton Ramos, morador do bairro Santa Tereza, foi um dos que aproveitou os últimos momentos da Feira do Peixe para adquirir exemplares de pescados. Ramos contou que a esposa permaneceu em casa, preparando o almoço, enquanto ele veio sozinho. “O preço está um pouco mais salgado, então o jeito é pechinchar. Estou levando tainha e bagre”, afirmou ele, que carregava algumas sacolas e conferia as bancas.

Em uma das bancas, havia apenas três peixes à mostra, enquanto o restante já havia sido vendido. O pescador Márcio Ramos, que atua nela, trabalha no ramo desde 2007, porém participa da Feira do Peixe há apenas três. Segundo ele, o espaço vendeu 1,5 tonelada desde a última segunda-feira, quando esta edição do evento teve início. “As vendas foram boas também porque a Semana Santa aconteceu em 2023 próximo da data de pagamento, o que ajudou os trabalhadores e aposentados a ter mais dinheiro no bolso”, comentou.