Depois do sucesso alcançado entre economistas e empresários com a divulgação das medidas contidas no arcabouço fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o mês de abril reserva ainda cerca de 12 medidas na área de crédito para melhorar o ambiente no mercado financeiro. Haddad disse, por exemplo, que um grupo de estudos do ministério prepara mudanças no rotativo do cartão de crédito.
Para cumprir com as metas propostas no novo arcabouço fiscal, o governo planeja aumentar a arrecadação federal entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões, com um pacote de medidas que deve incluir a revisão de benefícios tributários. A ideia é cobrar impostos de setores que hoje são isentos, o que inclui mudança na tributação de fundos exclusivos, voltados para cotistas “super ricos”, com cobrança de imposto de renda a cada seis meses.
Haddad afirmou que algumas medida vão desde o aval às PPPs, que são grandes investimentos em infraestrutura, passando por debêntures que não pagam imposto de renda até garantias que são dadas no sistema de crédito para baixar os spreads. De acordo com ele, o governo precisa tomar providências para trazer as taxas de juros cobrados na ponta do consumidor a bons termos.
“Então começamos a replanejar o Brasil a partir desta medida que vai acomodar uma série de outras medidas que são necessárias para equilibrar a economia brasileira”, disse.