A Defensoria Pública do Estado confirmou um mutirão para atendimento gratuito a pessoas que vêm enfrentando dificuldade em pagar dívidas ou renegociar os débitos pendentes. A ação ocorre nesta sexta-feira, dia 31.
De acordo com pesquisa feita pela Fecomércio, em dezembro de 2022, 42,5% dos gaúchos tinham contas em atraso, o que acaba gerando uma série de prejuízos às pessoas, conforme explica a coordenadora da Câmara de Conciliação, Ana Carolina Zacher.
“Os ônus são muitos… em uma família com muitas dívidas não pagas, que esteja em uma situação de inadimplência, ocorre desestrutura familiar, angústia generalizada, onde todos são sacrificados ali… Essa pessoa também provavelmente vai ficar com o nome negativado, fazendo com que não tenha acesso a um crédito bom. E aí vêm aquelas financeiras ofertando crédito para quem está com o nome negativado, em condições péssimas”, salienta.
Ana Carolina também lembra serem dois os nichos de pessoas mais atendidas pela Defensoria Pública: aquelas com renda baixa e que não conseguem quitar as dívidas em função do valor dos produtos, e os de classe média que tiveram uma queda nos recursos financeiros, mas querem manter o mesmo patamar de vida de anteriormente. Tanto para um grupo quanto para outro, a Defensoria pode ajudar.
“A gente vai atender a essa pessoa, fazer acolhimento, entender qual é a situação dela e ver o melhor procedimento, se o do superendividamento, que é um procedimento especial do código de Defesa do Consumidor, ou se o do endividado, no qual fazemos negociações individuais com os bancos, com as lojas, para tentar fazer com que aquela pessoa se reorganize financeiramente e consiga, a partir dali, cumprir com as suas obrigações”, reforça.
O mutirão da Defensoria Pública vai estar em uma unidade móvel, estacionada na avenida Sepúlveda, nas imediações do Sine e da Praça da Alfândega, no Centro de Porto Alegre, das 9h às 17h.
Para agilizar o processo, é importante levar documentos como RG, CPF, comprovante de residência, extrato do INSS (caso a pessoa seja aposentada ou pensionista), contracheque (se empregado ou servidor público), extratos bancários dos últimos três meses (caso tenha conta em banco) e documentos como contratos e faturas, caso haja necessidade.