O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou, na noite desta terça-feira, o pedido do Ministério Público de internação provisória do aluno de 13 anos, que matou uma professora e deixou quatro pessoas feridas em ataque a escola pública de São Paulo.
O estudante pode permanecer até 45 dias em uma unidade da Fundação Casa, de acordo com o artigo 183 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Segundo o órgão, vai ser marcada a audiência de apresentação, para que ele seja ouvido na presença de representantes. Outros detalhes não foram divulgados, já que o caso tramita em segredo de Justiça.
Apreendido após o ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sonia, zona Oeste da capital, nessa segunda-feira, o adolescente afirmou, em depoimento, que sofreu bullying ao longo de dois anos nas escolas em que estudou e que treinava golpes de faca em um travesseiro. As informações foram divulgadas pelo delegado Marcos Vinicius Reis, do 34° Distrito Policial, responsável pela investigação.
“Falavam que ele era franzino, sobre o cabelo dele”, afirmou o policial em entrevista coletiva nesta terça-feira. Reis disse, no entanto, ter dúvidas ainda sobre a motivação e ressalta que a investigação prossegue.