Adolescente que atacou escola em SP alega que sofria bullying e treinava facadas em travesseiro

Jovem de 13 anos, que matou professora e deixou feridos, prestou depoimento e não mostrou arrependimento, segundo delegado

Foto: REPRODUÇÃO / RECORD TV

O delegado Marcos Vinicius Reis, que investiga a ação de um adolescente que matou uma professora a facadas e feriu outros docentes e alunos em uma escola, nessa segunda-feira, em São Paulo, afirmou que ele disse em depoimento que sofreu bullying ao longo de dois anos nas escolas em que estudou e que treinava golpes de faca em um travesseiro.

“Falavam que ele era franzino, sobre o cabelo dele”, afirmou o delegado em entrevista coletiva nesta terça-feira. Reis disse, no entanto, ter dúvidas ainda sobre a motivação e ressalta que a investigação prossegue.

Segundo o delegado, o menino que promoveu um ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro afirmou que desde os 11 anos já tinha a “ideia de fazer algo grave” e que chegou a tentar comprar uma arma por meio de pesquisas na internet, mas que não conseguiu.

O jovem optou então por usar facas e treinou com um travesseiro, segundo o policial. “Ele alega que ficava treinando com o travesseiro para desferir as facadas”, afirmou.

Segundo Marcos Vinicius Reis, o jovem falou de maneira muito fria e não mostrou arrependimento. “Não chorou, não se emocionou. Reportou os atos de maneira cronológica, inclusive. É uma cena muito impactante”, afirmou.