O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito para investigar a suposta ligação do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) com os atos de vandalismo de 8 de janeiro em Brasília e também a origem de R$ 257 mil em espécie encontrados na casa dele. O processo está sob sigilo.
O ministro analisou um pedido feito pela Polícia Federal, que em fevereiro solicitou à Corte a abertura de um novo inquérito contra o ex-deputado. O objetivo é apurar a origem de quatro carros e do dinheiro.
Silveira havia sido condenado pelo STF em abril de 2022 por ataques ao STF e à democracia. Um dia após a decisão, o deputado federal recebeu perdão da pena pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), por meio de um decreto de “graça constitucional”, perdoando as penas aplicadas a ele.
Em fevereiro deste ano, o ex-deputado voltou a ser preso pela PF em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. A prisão ocorreu um dia depois de o mandato de Silveira chegar ao fim. Ele se candidatou ao Senado pelo Rio de Janeiro, mas não se elegeu. Sem mandato, fica sem foro privilegiado.
A prisão ocorreu após o descumprimento de medidas cautelares impostas pelo STF no curso do processo anterior. A defesa do ex-deputado alega que a graça presidencial anulou todas as imputações, mas a interpretação do STF é diferente.
