Após oito anos sob coordenação do deputado federal Giovani Cherini (PL), a bancada gaúcha no Congresso Nacional definiu um novo líder nesta terça-feira, em Brasília. Com apoio do liberal, o deputado Carlos Gomes (Republicanos), que exercia o cargo de coordenador adjunto, passa a liderar a bancada, formada por 31 deputados e três senadores, pelo prazo de um ano. “Missão não se pede e não se rejeita”, afirmou Gomes, sobre o desafio.
A definição deu-se após um acordo entre parlamentares, que suspendeu a votação na qual, além de Gomes, o deputado Marcon (PT) havia se habilitado à função. Por essa costura, as quatro maiores bancadas farão um revezamento na liderança. Após o Republicanos, a coordenação da bancada fica com PT, PL e PP, nessa ordem. Além disso, ficou decidido que as quatro maiores bancadas subsequentes ocuparão o posto de adjunto. Any Ortiz, da Federação PSDB-Cidadania, assume a função no primeiro ano da atual legislatura.
Questionado sobre coordenar os parlamentares gaúchos nas tratativas com o governo Lula (PT), ao qual o Republicanos mantém oposição, Carlos Gomes disse que “a eleição acabou” e que posições políticas e partidárias são reservadas ao plenário. “Enquanto bancada, não há direita, esquerda ou centro. Temos que inteirar a vontade da população e auxiliar o Estado em avanços nos aspectos econômicos e sociais. Todos receberam votos, alguns mais, outros menos, da população gaúcha e a ela devemos respostas”, completou o deputado.
Uma das primeiras medidas de Gomes deve ser propor a criação de uma segunda coordenação adjunta, além de dois cargos de secretários, ampliando para cinco os representantes da bancada. “Precisamos melhorar o acesso das entidades, com mais canais”, explicou.
Visto como um “conciliador”, Carlos Gomes exerce o terceiro mandato consecutivo como deputado federal. Antes, cumpriu dois mandatos de deputado estadual. Ele também preside o Republicanos no Rio Grande do Sul.
