Americanas se reúne hoje com bancos e credores para renegociar suas dívidas

A maior dívida da varejista está nas mãos dos bancos privados, que somam R$ 20 bilhões

Foto: Tânia Rêgo/ABr

A Americanas marcou para esta quinta-feira, 16, uma reunião com bancos e credores financeiros em São Paulo, para avançar em acordos com o objetivo de recuperação judicial da companhia, com dívidas declaradas de R$ 43 bilhões. A condução do encontro será feita pela Rothschild & Co, contratada como interlocutora na renegociação de sua dívida no Brasil e no exterior.

A equipe é liderada por Luiz Muniz, sócio do banco de investimentos e próximo dos bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, controladores da Americanas até o final de 2021 e, atualmente, acionistas de referência da varejista, onde somam uma participação de 31%. Os representantes das Americanas pretendem discutir o valor que os acionistas de referência vão aportar no negócio.

O plano de recuperação judicial deverá ser apresentado à Justiça no dia 19 de março e, até lá, a Americanas precisa entrar em acordo com os grandes credores que tem se mostrado insatisfeitos com as soluções reveladas pelos controladores.

A maior dívida da varejista está nas mãos dos bancos privados, que somam R$ 20 bilhões, sendo o Bradesco o maior credor (R$ 5,1 bilhões), seguido por Santander (R$ 3,6 bilhões), BTG (R$ 3,5 bilhões), Itaú Unibanco (R$ 2,7 bilhões) e Safra (R$ 2,5 bilhões). Também estão na lista os bancos públicos Banco do Brasil (R$ 1,6 bilhão) e Caixa (R$ 500 milhões.