A Secretaria de Segurança Pública (SSP) anunciou que os casos de feminicídio caíram 18,2%, no primeiro mês de 2023, no Rio Grande do Sul. O número, segundo o órgão, é o mais baixo, em quatro anos, registrado em janeiro.
Contatado pela reportagem, o secretário de Segurança Sandro Caron relacionou a redução no número de casos à integração das forças de segurança. Ele também destacou que começa em março a implementação de tornozeleiras eletrônicas em infratores da Lei Maria da Penha em Porto Alegre e Canoas.
“A redução dos feminicídios é mais um resultado da integração, marca do RS Seguro, entre Polícia Civil, Brigada Militar, Ministério Público e Poder Judiciário. Também é importante destacar que o Estado está concluindo, no sábado, o treinamento de policiais que vão atuar no monitoramento eletrônico do agressor. É uma tecnologia de ponta, contratada, que entrará logo em testes, e em breve será empregada para que a gente consiga monitorar o cumprimento das medidas protetivas decretadas pelo Judiciário”, declarou o secretário à Rádio Guaíba.
O Programa de Monitoramento do Agressor deu início, no fim de janeiro, ao treinamento de equipes da Polícia Civil e Brigada Militar que vão atuar na iniciativa. Ela consiste na disponibilização de duas mil tornozeleiras eletrônicas que serão utilizadas em agressores que cumpram medidas protetivas da Lei Maria da Penha e mostrem potencial de risco para a mulher.
Latrocínios: menor taxa da série histórica
Com um caso em janeiro, os índices de latrocínio chegaram ao menor patamar da série histórica. Frente aos quatro casos registrados no mesmo período do ano anterior, a queda é de 75%. Em 2022 Porto Alegre, não houve registro desse tipo de crime no mês passado.
Homicídios: Porto Alegre registra redução de quase 20%
Porto Alegre teve queda de 19,2% nos registros de homicídio em comparação com janeiro de 2022. Após conflitos entre grupos criminosos que impactaram no aumento de mortes violentas no ano passado, as ações de combate realizadas pelas forças de segurança do Estado foram visíveis no primeiro mês do ano. Em 2023, ocorreram 21 homicídios na capital, contra 26 em janeiro do ano passado.
Em todo o Rio Grande do Sul, foram computados dois homicídios a mais em janeiro, em comparação a 2022, o que configura alta de 1,8%.
Violência contra a mulher teve queda em casos de estupro
Em janeiro, os indicadores de estupro caíram 13,2%, em comparação com o mesmo mês de 2022. As ameaças contra mulheres tiveram estabilidade. A queda de 0,3% representa nove casos a menos em 2023. Já as lesões corporais tiveram alta de 5,9%.
Roubo de veículos mantém queda no RS
Em janeiro, o roubo de veículos teve 30 casos a menos em comparação com o mesmo mês do ano passado. Enquanto em janeiro de 2022 foram registradas 390 ocorrências, em 2023 foram 360, uma redução de 7,7%. Em janeiro deste ano, foram roubados 125 veículos em Porto Alegre, uma queda de 22,4% em comparação aos 161 automóveis roubados em 2022.
Menores indicadores da história: roubos a transporte coletivo, abigeatos e ataques a banco
Reforçando a redução que já vinha sendo apresentada, o primeiro mês de 2023 finalizou com mais um índice histórico nos roubos a transporte coletivo. Foram 35 casos em janeiro, o menor número desde 2012, quando o crime passou a ser contabilizado separadamente – 57,3% a menos em comparação com os 82 de janeiro de 2022.
Os abigeatos também encerraram janeiro com queda histórica. Os 221 casos registrados em 2023 representaram o menor número da série histórica. O total é 37,7% menor que os 355 registrados em janeiro de 2022.
Além disso, o Rio Grande do Sul registrou apenas um caso de ataque a banco em 2023. Menor indicador da série histórica, o dado iguala o resultado obtido em janeiro de 2022.
