Capital tem aumento de preço do material escolar e baixo movimento no comércio

Pesquisa do Sindilojas POA aponta que setor espera alta de vendas na semana anterior ao início das aulas

Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

As vendas de material escolar para 2023 ainda estão baixas. É o que revela sondagem do núcleo de pesquisa do Sindilojas Porto Alegre, ao aponta que 51% dos empresários ainda consideram baixa a procura dos consumidores, mas que deve aumentar próximo ao retorno das aulas, conforme estimativa de 45% dos entrevistados. Neste ano, o aumento de preços chega a 19%, na comparação com 2022, que teve uma reposição de 24% na relação com o ano anterior.

O movimento é considerado médio para 33% e outros 16% consideram o movimento alto para época do ano. Estes resultados se refletem nas vendas. Cerca de 42% disseram que estão semelhantes ao mesmo período de 2022. Para 25,5% houve uma queda e 11,7% afirmam estarem vendendo mais agora em 2023.

As maiores altas de preços foram mochila (40%), pasta plástica (30%) e caderno (23%). De acordo com a sondagem, o gasto médio por cliente, sem considerar a compra de livros didáticos, deverá ser de R$ 183. A principal forma de pagamento utilizada na loja física é o parcelamento no cartão de crédito, com 62,8% da preferência. Na segunda posição está o cartão de débito, representando cerca de 18% da movimentação financeira.

Quanto aos materiais escolares mais vendidos, lideram a lista, cadernos (63,8%), lápis (30,9%), mochilas (21,3%), borrachas (18,1%) e canetas (17%). Estojos e lápis de cor também aparecem na lista.

A pesquisa identificou que cerca de 37% dos entrevistados notaram mudança no comportamento de consumo dos pais nas compras de materiais escolares neste ano de 2023. Para essa parcela, os pais estão mais econômicos (47,1%), compram pouco (17,7%) e pesquisam mais (14,8%). Sobre a forma de pagamento preferida pelos consumidores no online, o link de pagamento vence. São 35,5% das vendas dos lojistas. Em seguida, com 32,3% aparece o Pix. Boleto bancário, transferência eletrônica e cartão de crédito aparecem na sequência.

“Há os motivos da alta nos preços do material escolar, fazendo com que, por exemplo, ao invés de comprar três lápis, se compre dois, e assim sucessivamente em demais itens. Outro ponto é dado que a pesquisa nos trouxe, da reutilização de materiais do ano anterior, como uma forma de poupar”, comentou Arcione Piva, presidente do Sindilojas POA.