O aumento de 7,47% no preço da gasolina que sai das refinarias da Petrobras, anunciado ontem pela estatal, começou a refletir nos postos de combustíveis de Porto Alegre na manhã desta quarta-feira (25). A reportagem da Rádio Guaíba visitou 15 estabelecimentos do gênero, localizados entre as zonas Leste e Norte da Capital, e em um deles o valor do litro já havia sido ajustado para R$ 5,19.
Os demais ainda praticavam os preços antigos, entre R$ 4,69 e R$ 4,99, e aguardavam a chegada de novas remessas. Para os consumidores, a ordem é racionalizar o uso do automóvel. “Fica bem fora das possibilidades da maioria do pessoal. É o meio que temos pra nos locomover, pra muitos é até trabalho. Hoje em dia, precisamos racionalizar essa despesa no orçamento familiar”, afirma a psicóloga Heloísa Silveira.
Segundo a Petrobras, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina e 27% de etanol anidro para a composição do combustível vendido nos postos, a parcela da estatal no preço será, em média, de R$ 2,42/litro. “Tá m uito caro. Para quem trabalha com o carro, como eu, não vale a pena. Tem que ser no GNV. E, mesmo assim, tá muito caro – até mais do que a gasolina. Está bem difícil”, ressalta o motorista Márcio Nunes Mello.
O aumento leva em conta a política de preços da companhia, que acompanha a evolução das cotações do combustível no mercado internacional e a paridade de importação. Um levantamento do Portal R7 revelou que, se o aumento for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor, o valor médio da gasolina cobrado aos motoristas aumentará R$ 0,37 no país.
Insegurança
Segundo o Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro), a categoria foi pega de surpresa com o anúncio da Petrobras. “Ontem, quando foi anunciado isso, já não conseguíamos mais comprar o produto. Este já é um mês de vendas muito baixas. Há um despreparo para essa situação”, afirma o presidente da entidade, João Carlos Dal’Aqua.
A política de preços que será adotada pelo novo Governo Federal ainda causa insegurança entre os empresários. “É uma relação muito sensível, especialmente nos primeiros dias. Há um temor muito grande. Com a troca de gestão, imaginávamos um alongamento maior nestas definições. Nossa maior preocupação era com a desoneração do PIS/Cofins, que foi prorrogada, mas ainda é tudo muito incerto”, ressalta o dirigente.
Confira a lista de postos consultados pela Rádio Guaíba
Av. Farrapos x Rua Barros Cassal – R$ 4,89 – mesmo preço
Av. Farrapos x Rua Santo Antonio – R$ 4,89 – mesmo preço
Av. Farrapos x Rua Santo Antonio – R$ 4,79 – mesmo preço
Av. Farrapos x Rua Ramiro Barcelos – R$ 4,99 – mesmo preço
Av. Farrapos x Rua Visconde do Rio Branco – R$ 4,79 – mesmo preço
Av. Farrapos x Rua Visconde do Cairú – R$ 4,69 – mesmo preço
Av. Farrapos x Rua Com. Azevedo – R$ 4,75 – mesmo preço
Av. Farrapos x Rua Gaspar Martins – R$ 4,89 – mesmo preço
Av. Ipiranga x Rua Múcio Teixeira – R$ 4,76 – mesmo preço
Av. Ipiranga x Rua Érico Veríssimo – R$ 4,89 – mesmo preço
Av. Ipiranga x Rua Walter Spalding – R$ 4,89 – mesmo preço
Av. Ipiranga x Rua São Francisco – R$ 5,19 – preço atualizado
Av. Ipiranga x Rua Veador Porto – R$ 4,79 – mesmo preço
Av. Ipiranga x Rua Delegado Grant – R$ 4,89 – mesmo preço
