Carta do BC justifica descumprimento da meta da inflação em 2022

Documento vai ser encaminhado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda hoje

O Banco Central (BC) deverá divulgar no final da tarde desta terça-feira, 10, uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como forma de justificar o descumprimento da meta de inflação prevista para 2022. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) era de 3,50%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Entretanto, o IPCA acumulado em 2022 foi de 5,79%, abaixo dos 10,06% acumulados em 2021, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje.

Em junho do ano passado, o mercado estimava uma inflação de 8,89% para 2022, mas os cortes de impostos para baratear combustíveis e outros itens com preços monitorados derrubaram essa expectativa. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto será o segundo presidente do Banco Central a ter que se justificar duas vezes seguidas o descumprimento da meta – a primeira foi em 2021. Antes, apenas Henrique Meirelles escreveu a carta em dois anos consecutivos, quando dirigiu a autoridade monetária, de 1981 a 1984.

Na sexta-feira, 13, o Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente a novembro.