Autoridades de três países da Europa – França, Espanha e Inglaterra – decidiram monitorar com mais atenção a chegada de viajantes que passaram pela China, onde a Covid-19 dá mostras de estar incontrolável.
Antes deles, Estados Unidos, Itália, Índia, Taiwan, Coreia do Sul, Malásia e Japão também implementaram medidas para evitar o aumento dos contágios, exigindo testes de pessoas que vierem do país.
A China sofre neste fim de ano com o aumento de casos e mortes pela Covid pouco depois de reduzir as restrições de controle do coronavírus em vigor no país desde o início da pandemia, em 2020. Segundo estudo de autoridades sanitárias chinesas, até 60% da população de algumas regiões foram contaminadas recentemente. Um levantamento da província de Sichuan, publicado nesta semana, mostrou uma taxa de contágio de 63% na região.
Na Espanha, a partir deste sábado, todos os passageiros que chegarem de voos procedentes da China passarão pelo controle sanitário determinado pelo governo do país.
Nesse controle, que fica em vigor pelo menos até 15 de fevereiro, todos terão de fazer o teste de Covid. Só deixa o aeroporto quem estiver sem o vírus.
Profissionais de saúde também vão examinar visualmente os viajantes, que terão a temperatura corporal examinada.
O governo britânico anunciou que passa a exigir o resultado negativo para o teste de Covid a partir de quinta-feira. Obrigatoriamente, o exame precisa ter sido feito na saída do país asiático.
A regra vale para todos os que estiverem em aviões vindos diretamente da China a aeroportos da Inglaterra.
O governo do país conversa com autoridades da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte para estender essa regra para todo o Reino Unido.
A partir de 8 de janeiro, quando a China pretende abrir todas as suas fronteiras, a Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido deve pôr em prática o teste de coronavírus em parte dos passageiros recém-chegados do território chinês, pouco depois do desembarque.
As autoridades da França passarão a exigir um teste de Covid negativo aos passageiros que embarquem da China rumo ao país.
Os viajantes que queiram desembarcar em território francês, seja em voo direto ou com escala, terão que apresentar um PCR ou teste de antígeno de menos de 48 horas para embarcar no avião na China.
Ao chegar na França, as autoridades locais testarão aleatoriamente os passageiros que vêm do país asiático.
Em caso de teste positivo, a pessoa vai precisar assumir que concorda em se isolar. Da mesma forma, amostras com infecção por coronavírus serão submetidas a estudos para verificar se há novas variantes.
O Executivo francês também recomenda o adiamento das viagens à China que não tenham cunho essencial.
Já o Conselho Internacional de Aeroportos da Europa lamentou, neste sábado, a imposição unilateral de restrições sanitárias a viajantes chineses. Para os terminais aéreos, “fazer testes com os passageiros da China e impôr outras restrições a viajantes deste país não é cientificamente justificado”.
*Com informações da Agência EFE