Novos presidentes da Caixa e do Banco do Brasil devem ser anunciados nesta semana

Futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que Lula e os indicados já participaram de reuniões

Desoneração também foi discutida em reunião - Foto: Ricardo Giusti / CP

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que os presidentes da Caixa, do Banco do Brasil e a composição do Conselho Monetário Nacional (CMN) devem ser anunciados nesta semana, antes da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no domingo.

Haddad afirmou que participou de reuniões com nomes indicados para o comando das instituições, mas Lula ainda não bateu o martelo sobre o assunto. “O presidente [Lula] é quem está escolhendo os presidentes da Caixa e Banco do Brasil. Ele deve anunciar os nomes nessa semana”, comentou.

Quando questionado sobre o perfil dos presidentes dos bancos, Haddad entendeu que o questionamento era sobre o nome escolhido por Lula para comandar o Ministério do Planejamento.

“Eu sugeri, como disse ontem, o nome de ex-governadores que tinham administrado bem os seus estados. Mas, o presidente Lula decidiu aproveitá-los nas posições conhecidas: Casa Civil, Justiça, Educação.”

O comentário ocorre em meio à divulgação de informações de bastidores reforçando o nome de Simone Tebet (MDB) como ministra do Planejamento.

Impostos sobre combustíveis

Haddad também disse que vai discutir com o presidente eleito a possibilidade de prorrogar a validade da desoneração do PIS e Cofins dos combustíveis. O assunto pautou uma reunião com a equipe do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, mas ainda não há definição.

“Devo fazer [conversar sobre o assunto com Lula] entre hoje e amanhã. Não há uma definição ainda, falei com a equipe do ministro [Paulo] Guedes e eu vou levar ao presidente agora os cenários que a equipe está colocando para ele endereçar o que ele considera a melhor solução”, comentou.

Havia a especulação em torno da edição de uma Medida Provisória do atual governo para prorrogar a isenção dos impostos por mais 30 dias. No entanto, o tempo de prorrogação da medida também não é uma unanimidade entre o atual governo e o governo eleito.

A desoneração dos impostos sobre os combustíveis, sancionada em março pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), fica em vigor até 31 de dezembro. Se a MP não for editada, o preço da gasolina, do diesel, do etanol e do gás de cozinha podem subir já durante a posse de Lula, no domingo.

Em 2022, a isenção dos impostos sobre os combustíveis derrubou a arrecadação em R$ 17,6 bilhões. Durante a campanha, Bolsonaro havia sinalizado a intenção de desonerar os impostos dos combustíveis até o fim de 2023.