Mesmo com 32 projetos em pauta, a sessão ordinária da Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira, destinou quase duas horas para o grande expediente e as discussões provocadas por ele. O deputado federal eleito e que, nesta semana, se despede do parlamento estadual, Tenente-coronel Zucco (Republicanos) destinou o espaço para o tema “Democracia e Liberdade: Todo Poder Emana do Povo”.
Zucco e outros parlamentares a quem destinou apartes, falaram sobre o tema, e, em dados momentos, fizeram críticas a decisões do Supremo Tribunal Federal acerca de suspensão de contas em redes sociais de parlamentares, à imprensa e elogios ao presidente Jair Bolsonaro (PL), levando o público nas galerias – entre pessoas que vieram em razão de homenagens realizadas antes da sessão e representantes de sindicatos – a reações mistas, entre aplausos e vaias.
Encerrado o período, deputados seguiram no tema no período de comunicação de lideranças, com parlamentares do campo mais à esquerda e à direita fazendo uso da palavra e promovendo clima semelhante ao de um estádio de futebol.
Em um momento, ao ouvir o grito de “viva a ditadura”, o presidente da Casa, Valdeci Oliveira, interveio, afirmando não concordar com atos anti-democráticos dentro Assembleia e ameaçando fazer uso da segurança do Parlamento, se necessário, para retirar manifestantes.
Diante de parte das galerias entoando gritos pró-Lula e a música que menciona “a hora do Jair já ir embora”, durante falas como a do deputado Rodrigo Lorenzoni (PL), Valdeci acabou sendo cobrado, pelo próprio parlamentar, que “mantivesse o mesmo peso e medida”. O presidente da Assembleia salientou que não houve ofensas à Casa ou ao deputado, mas reforçou aos presentes a necessidade de os presentes se manifestarem apenas após a fala dos parlamentares.
Antes da sessão, por proposição de Zucco, a Medalha da 55ª Legislatura havia sido entregue ao advogado e cientista social Fernando Conrado e ao jornalista Políbio Braga.
